Foto: In Press Oficina
A pandemia do coronavírus trouxe um imenso desafio para a saúde pública brasileira. A crise obrigou o Ministério da Saúde a se adaptar a uma realidade incerta e mutável a cada momento. Enquanto aguarda a vacina para a Covid-19 para imunizar a população e derrotar o vírus, a pasta traça os planos para 2021. Entre as metas, estão o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o investimento em tecnologia e a regionalização dos hospitais, a fim de expandir o atendimento para o interior dos estados.
“Estamos numa operação de guerra contra um inimigo invisível, que está atormentando toda a população global. Com relação aos planos para 2021, já está prevista na Lei Orçamentária Anual a retomada das atividades do SUS dentro de um novo normal. É investimento em tecnologia, reforço à atenção primária, a regionalização dos hospitais e tornar o SUS mais eficiente e mais forte”, afirmou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Antônio Élcio Franco Filho, hoje no webinar Arena de Ideias, da In Press Oficina.
Também participaram do debate o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Eduardo Rocha, e a diretora de Relacionamento com a Mídia da In Press Oficina e de Atendimento do Ministério da Saúde, Márcia Leite. A diretora de Relacionamento com o Poder Público da In Press Oficina, Fernanda Lambach, fez a moderação do bate-papo.
Além do fortalecimento do SUS, o secretário destacou o esforço do governo junto com a comunidade científica internacional para auxiliar na descoberta da tão esperada vacina contra a Covid-19. O Brasil participa da Covax Facility, coalizão da Organização Mundial da Saúde (OMS) composta por nove laboratórios e mais de 160 países para impulsionar o desenvolvimento de vacinas.
“Há uma corrida mundial de laboratórios para o acesso à vacina. Além da Covax temos a Oxford Astrazeneca e estamos prospectando em todo o mundo. O que queremos é uma vacina segura, eficaz, em quantidade para atender nosso programa nacional de imunizações e evidentemente de um preço que atenda às nossas necessidades”, reforçou.
Confiante, Eduardo Rocha acredita no sucesso das pesquisas de vacinas, ele próprio é voluntário em testes. “Confio na ciência e nos cientistas que estão levando à frente esses estudos de vacina e me voluntariei para um desses estudos. Fui vacinado 28 dias atrás e hoje eu fiz meu quinto exame para mostrar a eficiência. Ou seja, acredito tanto na ciência que me voluntariei para oferecer dados para serem estudados”, revelou.
Legados e aprendizados da pandemia
Mais de seis meses após o início da pandemia do coronavírus, o Brasil ampliou a quantidade de leitos e equipamentos de UTI. Diante desse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular avalia que o país precisa ganhar com os investimentos.
“Se vai ter um legado nessa pandemia, é que vamos ganhar mais leitos de UTI. Recebemos um número grande de respiradores e temos que aproveitar isso. O número de respiradores e leitos de UTI sempre foi um grande gargalo e isso vai melhorar muito. Temos que continuar mantendo leitos de UTI a mais e com folga”, ressaltou Rocha.
Para Márcia Leite, outro legado deixado pela pandemia é a importância de uma comunicação verdadeira e transformadora na condução da maior crise mundial de saúde. Afinal, em tempos de fake news, é fundamental que o Ministério da Saúde atue com transparência para manter a imprensa e a população informadas sobre a doença, de maneira clara e eficiente.
“Uma informação errada pode prejudicar, e muito. É imensurável. O plano de comunicação é a bússola que vai guiar todas as diretrizes estratégicas do órgão, o relacionamento com a imprensa e a sociedade. A comunicação hoje é vista pela gestão como uma área estratégica. Numa gestão de crise, ela tem um papel essencial”, afirmou Márcia. “A gente acredita que a comunicação de verdade, transforma”, completou.
Novidade: Arena de Ideias no Spotify

Agora você pode ouvir todos os episódios do Arena de Ideias no Spotify! A versão Podcast do webinar semanal da In Press Oficina traz mais facilidade para quem quer acompanhar os debates de onde e quando quiser!
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A inspiração para o webinar veio dos filósofos gregos que gostavam da praça pública para refletir sobre tudo e sobre a verdade. Inquieta como todo pensador, a In Press Oficina também criou sua própria Arena de Ideias para debater sobre tudo o que tenha a ver com comunicação de verdade. Já está na 27.ª edição.
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Bittar: “Eleição não é bom conselheiro”

Martelo batido: a criação do programa Renda Cidadã, em substituição ao Bolsa Família, somente será apresentada após a eleição. O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial e da PEC do Pacto Federativo, vinha ensaiando anúncio de uma solução de financiamento ao novo programa de transferência de renda.
Foi o próprio senador quem anunciou a mudança de planos. “Se eu apresentar sozinho, não anda, não passa, não aprova. E esse momento da eleição… a eleição não é um bom conselheiro. Muitos deputados, senadores estão muito envolvidos com isso. Então, é melhor passar esse momento [da eleição] para que a gente sente à mesa, de novo, todos que precisam responder a esta questão e cheguemos a um consenso”, disse.
Dias atrás, quando chegou a sugerir como fontes de financiamento recursos de precatórios e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), especularam que a solução pudesse implicar em furo do teto de gastos, alternativa probida na cartilha do ministro da Economia, Paulo Guedes. A reação foi tamanha que impactou o mercado, com queda na bolsa e disparada do dólar.
Com o adiamento, o governo ganha tempo para articular uma solução. Bittar segue focado em deixar de ser uma “andorinha” sozinha no processo. Em um tweet, nesta tarde, justificou a sua pressa: “Temos 8 milhões de brasileiros que, se a partir de janeiro não criarmos o Renda Brasil, não terão do que se alimentar.”
A Reflexão

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