As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo todo. O tema ganha força na agenda pública devido ao grande número de mortes por coronavírus, especialmente em pessoas com histórico de cardiopatias.
Hoje (8/5), o núcleo de Public Affairs da In Press Oficina promoveu um debate com os deputados Dr Luizinho (PP/RJ), presidente da comissão de ações contra o coronavírus no Brasil, e Mariana Carvalho (PSDB/RO), cardiologista e membro das frentes parlamentares da Saúde e da Medicina, para discutir sobre os riscos da Covid-19 para o coração.
Também contamos com a expertise dos cardiologistas Marcelo Sampaio, do Hospital BP de São Paulo, e Fernanda Mangione, cardiologista da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a taxa de letalidade do coronavírus em cardiopatas pode chegar à 10,5%. “Quem tem doença estrutural cardíaca é um paciente de alto risco nessa época. Além do mais, o próprio vírus pode afetar a estrutura, gerando inflamação no músculo cardíaco e agravando ainda mais a situação do paciente”, afirmou o doutor Sampaio durante o webinar.
Já a doutora Fernanda Mangione ressaltou que a adoção de tecnologias médicas impactam diretamente na recuperação do paciente que necessita da substituição de válvula cardíaca obstruída. Ela recomenda a adoção de técnica transcateter, menos agressiva para o paciente e que não requer grande período de internação.
Assim, em médio e longo prazo, acaba desonerando o sistema público de saúde, “principalmente nesse tempo de covid, em que temos uma limitação de recurso e de vaga de UTI, a alternativa de tratamento menos invasiva se faz primordial”, afirmou a doutora, que é diretora de tecnologia em saúde da SBHCI.
A deputada Mariana Carvalho, autora do projeto de lei que cria o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher, se comprometeu a dar seguimento ao assunto dentro do Parlamento por meio de debates e propostas de lei.
Membro da comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, o deputado Luizinho defendeu a adoção de procedimentos mais modernos pelo Sistema Único de Saúde, além da inclusão no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Confira o webinar na íntegra no canal da In Press Oficina: https://youtu.be/MoF7NBT92pU
Gestão de crise: a sociedade olha no espelho

A covid-19 trouxe para o centro das discussões a prevenção e a gestão de crise. Segundo o especialista João Forni, crise é uma ruptura da normalidade da organização; uma ameaça real ao negócio, à reputação e ao futuro de uma corporação ou de um governo. O coronavírus sacudiu o cenário mundial em várias dimensões: na da saúde, na econômica, na social. A frase “nada mais será como antes” virou chavão.
“Em geral, as crises frustram as expectativas dos stakeholders e têm efeito deletério perverso, por exigir energia para gerenciá-las, que poderia ser empregada para obter resultados e não para apagar incêndios. Além disso, criam um clima de insegurança, despertando o apetite da mídia e a pressão dos concorrentes ou dos adversários políticos. Em essência, crises não são acontecimentos fáceis de se lidar.”
Além de testar a maturidade e preparação de todos para enfrentar crises, a covid-19 tem obrigado organizações a olhar no espelho, descobrir o que está fora do lugar e, de forma resiliente, se transformar. Expressões novas povoam os diálogos via internet: “novo normal”, homeoffice ou teletrabalho, homeschooling, telemedicina.
O autor Francisco Viana cita caraterísticas presentes nas crises das empresas:
- elemento surpresa
- falta de hábito de lidar com a mídia
- carência de informações
- forma como impactos se propagam
- incomum curiosidade da mídia
- mobilização da opinião pública e dos governantes
- perda de controle das iniciativas
Para iniciar a gestão de crise, a dica é segurar firme as rédeas da situação, retomar o controle e o mais rapidamente possível utilizar as ferramentas de gestão de crise.
A sugestão de leitura para o fim de semana é a obra Gestão de Crises e Comunicação — o que gestores e profissionais de Comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas, de João Forni, editora Atlas, 2019.
Pressão sobre governadores cresce junto ao número de casos

O avanço da contaminação do coronavírus no Brasil já gera crises nos sistemas de saúde estaduais, obrigando gestores a adotarem medidas cada vez mais rígidas para conter a doença. Com o endurecimento da atuação dos governadores, Bolsonaro aproveita para promover uma narrativa a favor da “liberdade” e, assim, gerar pressão sobre opositores.
Ontem (7/5), em reunião com o presidente do STF, Dias Toffoli, o presidente da República declarou que “muito maior que a própria vida é a nossa liberdade”. Hoje (8/5), bastou João Dória (PSDB) anunciar que prorrogaria a quarentena em São Paulo até 31 de maio para o Twitter ser inundado com a hashtag #ReageSP, onde apoiadores de Bolsonaro criticavam o governador de São Paulo. O anúncio do afastamento de David Uip do comitê para enfrentamento da covid-19 no estado também reverberou mal nas redes.
18 cidades em 5 estados já optaram pelo lockdown e a tendência é que o bloqueio total seja adotado por cada vez mais lugares a partir da próxima semana. Com isso, a pressão do governo federal pelo retomada das atividades econômicas pode se transformar em pressão da opinião pública sobre os governadores.
Série para a quarentena: Anne with an E

De início, pode dar a impressão de que vai ser uma releitura da obra Poliana. Decididamente não é. Anne tem muita imaginação. É geniosa e genial ao mesmo tempo. Lírica e militante. Protagonista e influenciadora. Transformadora.
A série de televisão canadense baseou-se no livro Anne de Green Gables, de 1908, escrito por Lucy Maud Montgomery e adaptada pela escritora e produtora vencedora do Emmy, Moira Walley-Beckett. Foi ao ar pelo canal canadense CBC e está disponível mundialmente pela Netflix.
Provoca algumas lágrimas e muitas gargalhadas. Uma boa opção para o fim e semana do Dia das Mães. Em homenagem a mulheres fortes, empoderadas e ternas.
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Covid-19 no país

Doenças estruturais do coração: removendo barreiras em época de Covid-19
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