Release pode levar à demissão de 11 procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro

Em decisão inédita e controversa, o Conselho Nacional do Ministério Público pode determinar a demissão de 11 procuradores que trabalharam na força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. O motivo é um vilão improvável, um release – comunicado para a imprensa – que, segundo entendimento dos acusados, provocou o vazamento de informações sigilosas de uma investigação.
A falta de um alinhamento prévio colocou o caso na berlinda. Os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão e o empresário Márcio Lobão são acusados de se beneficiar de mais de R$ 10 milhões em propina da Usina Nuclear de Angra 3. O caso teve ampla publicidade nos meios de comunicação. Mas depois que o processo saiu do Supremo Tribunal Federal para a Justiça Federal do Rio de Janeiro, por causa do fim dos mandatos de Lobão e Jucá, foi automaticamente colocado em sigilo pelo sistema judicial. Esse simples detalhe foi suficiente para as defesas dos acusados pedirem a pena máxima prevista no Estatuto da Magistratura.
O release é uma manifestação oficial da assessoria de imprensa sobre o tema e normalmente norteia a publicação de matérias. O episódio coloca em discussão o nível de atenção que deve ter um assessor ao publicar o comunicado. A divulgação deve ser cercada de cuidados para evitar um problema para a reputação da instituição. Recomenda-se uma análise de contexto para identificar risco da publicação e efeitos colaterais, como foi o caso.
A abertura do processo disciplinar dos procuradores deve discutida nos próximos dias. A defesa dos representantes do Ministério Público considera a decisão uma retaliação contra a Lava Jato e pedem a pena mínima, de 30 dias de suspensão. O humor do conselho em relação aos desdobramentos da operação, que oficialmente foi finalizada, dirá o qual mal o release fez.
Facebook anuncia salas de reunião em realidade virtual

A realidade virtual surge como a principal evolução para as reuniões virtuais e seus formatos já cansativos de pequenas telas. Por iniciativa do Facebook, foi lançado nos últimos dias o Horizon Workrooms, que nada mais é que uma sala virtual onde cada um dos participantes é um avatar de si mesmo e participa de reuniões com interações que vão além dos ícones de levantar a mão e bater palmas. Os personagens de cada reunião são inspirados nos jogos de realidade virtual Minecraft e Second Life.
A ideia é garantir uma participação bem próxima da real. A experiência inclui integrações de vídeo, rastreio de movimentos de teclado e aproveitamento de áudio. A ferramenta permite a participação de 16 usuários e mais 34 como espectadores. O uso de metaverso é uma tendência. Além de Facebook, Spatial e HoloLens também têm ferramentas de reunião interativa em ambiente virtual.
A entrada agressiva no mercado de realidade virtual envolve também a disseminação do Oculus Quest 2, um head set de realidade virtual.
A empresa de Mark Zuckerberg trabalha para que empresas incluam o equipamento, que não tem cabos e permite movimentos livres, para seus colaboradores participarem de reuniões, sobretudo no período em que há uma tendência ao modelo híbrido de trabalho no período pós-pandemia.
Tanto a estratégia tem uma venda casada que a novidade está disponível gratuitamente para quem possui o Oculus Quest 2 – que custa entre R$ 3,5 mil e R$ 4 mil na internet. Para quem está disposto a pagar, o futuro já chegou.
Instagram põe fim ao “arrasta para cima” e libera link nos stories

O Instagram resolveu acabar com a ferramenta que mais desperta o desejo dos seguidores, o “arrasta para cima”. A partir da próxima segunda-feira (30), um ícone personalizável estará disponível permitindo a colocação de um link nos stories. A novidade estará disponível apenas para o público famoso, que tem o perfil verificado, ou com mais de 10 mil seguidores. Na fase de testes, o Instagram chegou a liberar o uso do link para alguns perfis com menos de 10 mil seguidores. Mas a falta de garantia quando a disseminação de desinformação e de spam levou a empresa a recuar da liberação universal.
“Estamos avaliando se o acesso ao link será expandido para mais contas no futuro, levando em conta aspectos como integridade e segurança e como isso poderia impactar na disseminação de desinformação e spam. Esta transição entre o link ‘deslizar para cima’ e a figurinha nos ajudará a determinar se é a decisão certa antes de expandir o acesso a mais pessoas”, afirmou a rede social.
Com o link, os usuários mais influentes da ferramenta vão poder receber reações e respostas rápidas com o adesivo.
Por enquanto, a ação de marketing para popularizar a marca de streaming só é válida para moradores do Estados Unidos. A estratégia, contudo, tem um pano de fundo polêmico.
A mudança, contudo, não combate o comércio ilegal de venda de perfis populares e compra de seguidores. O Instagram tem atuado com rigor para combater a violação das regras da rede social, mas a suspensão e o bloqueio ainda são feitos por denúncia ou amostragem.
Fica agora a curiosidade de como influencers substituirão no vocabulário o já popular “arrasta para cima”, repetido à exaustão em diversas publicações.