Twitter relembra Orkut e lança recurso para comunidades

O Twitter foi buscar na memória dos internautas cringes a inspiração para a nova ferramenta, lançada esta semana. O Comunidades nada mais é do que um grupo de bate-papo para temas específicos semelhante ao que ocorria na rede social Orkut, desativada em setembro de 2014. Cada grupo tem um tema. Se a comunidade é para adoradores de cachorros, nem venha fazer críticas ou falar de política, religião, futebol ou até mesmo gatos. As regras permitem que os moderadores excluam o usuário inconveniente ou perdido na discussão.
Aos usuários mais antigos a novidade transmite0 um cheiro de naftalina e curiosidade, é claro. A dúvida mais frequente é saber qual será o limite da criatividade no Comunidades.
No finado Orkut havia grupos populares como “Tocava a campainha e corria”, “Pensei que era feijão, era sorvete”, “Eu abro a geladeira para pensar”, “Eu nunca morri em toda a minha vida”, “Herrar é o mano”, entre tantas outras.
O Comunidades vai permitir que as discussões nos grupos fiquem disponíveis para todos. Cada um ficará livre para entrar naquela sobre a qual têm interesse e quer interagir. Na versão de estreia, o Twitter criou algumas comunidades, cuja criação, por enquanto, será limitada. Há grupos para falar de cachorros, clima, tênis, cuidados com a pele e astrologia.
Os usuários de iOS e da web já têm a aba disponível do Comunidades. Quem usa Android deve esperar uma nova atualização em breve.
A novidade fará muitos usuários relembrarem o passado e construírem o presente. Só não pode mudar de assunto.
Mudanças constantes de algoritmo devem impactar mercado

Depois de viciar os criadores de conteúdo com macetes e estratégias bem-sucedidas para conseguir atingir maior resultados na promoção de pessoas/produtos/serviços na internet, as redes sociais passaram a fazer uma mudança constante na forma de interação apontando que a máxima “não tem almoço grátis” deve ser a regra. O vilão é chamado de algoritmo. O Facebook, também dono do Instagram, passou a não gerar aos usuários mais resultados de antigamente. E a explicação pode ser comercial. A nova política da rede social pretende resgatar a função de interação entre os público e não apenas espaço para publicidade. Um bom exemplo disso foi o fim do cobiçado “arrasta para cima”, função exclusiva para influenciadores com mais de 10 mil seguidores. A ferramenta foi substituída no mês passado por um sticker, uma figurinha que remete para o site do influenciador, mas inclui a possibilidade de um troca de experiência. O produtor do conteúdo ganha a possibilidade de interagir com o usuário e tirar dúvidas. É o fim do “produto” – comumente oferecido em agências de publicidade – do “combo de 3 stories” usados para promover o máximo de explicação. Na outra ponta, a mensagem para os criadores é clara: quer mais resultado apenas comercial, pague por isso.
Num futuro não tão distante as estratégias de redes sociais vão exigir uma inovação. Não basta apenas depender das redes sociais.
El Salvador implanta bitcoin como moeda oficial

Na 103ª posição entre as maiores economias do mundo, El Salvador se tornou o país pioneiro na adoção da criptomoeda como moeda oficial. O bitcoin pode ser usado para compras de alimentos no comércio local e nas operações financeiras. A iniciativa parece contraditória num país quem 6 em cada 10 salvadorenhos não tem acesso à internet. Mas o presidente Nayib Bukele vê na implantação a oportunidade de melhorar o acesso virtual e, de quebra, estimular a bancarização, uma vez que 70% da população não tem acesso a serviços bancários.
El Salvador adotava, desde 2001, o dólar americano como moeda oficial. Agora, ambas serão aceitas no país da América Central.
O estímulo se dará por meio de uma carteira próprio do governo: a Chivo, que tem a promessa de oferecer US$ 30 (R$ 155) em bitcoin para cada usuário. Desde a implementação no último dia 7, contudo, houve instabilidade no sistema que inviabilizaram tanto a instalação quando o “prêmio” prometido.
A justificativa para a adoção da moeda virtual é econômica. Segundo o governo local, o país gasta US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) em custos de remessas para o exterior.
A população não aceitou bem a ideia: 65,7% rejeitaram o bitcoin, segundo pesquisa do jornal La Prensa Gráfica. Entre as razões está o risco de lavagem de dinheiro e, sobretudo, com os altos e baixos da moeda. Só para se ter uma ideia, quando a adoção da criptomoeda foi anunciada, inclusive com a compra de 400 bitcoins no valor de cerca de US$ 20 milhões (R$ 103,5 milhões) pelo governo de El Salvador, o valor de mercado de cada unidade subiu para US$ 52 mil (R$ 269,2 mil). Passaram-se poucas horas e cada bitcoin já valia US$ 50,5 mil (R$ 261,4 mil).