Uma pessoa, em média, morreu a cada semana em 2021 tentando fazer uma selfie
Tirar uma foto de si mesmo, o chamado selfie, é algo atualmente trivial, mas já é visto como um problema epidemiológico em função dos acidentes com mortes que tem causado. A busca da fotografia perfeita no lugar mais arriscado teve desfecho fatal para 31 pessoas no mundo somente este ano – um média de 1 morte por semana. A constatação foi feita pela Fundação iO, com base em relatos públicos de acidentes em canais públicos e redes sociais. Entre janeiro de 2008 – quando a apuração começou a ser feita – e julho de 2021 – o dado mais recente, 379 pessoas morreram, uma a cada 13 dias, em média. Do total, 141 eram turistas e 238 eram da população local.
Os casos mais comuns são de pessoas que caíram de cataratas, precipícios e telhados (216). Depois, há mortes causadas acidentes com meios de transporte (123), afogamentos (66), armas de fogo (24), eletrocussões (24) e tentativas de fotos com animais selvagens 917).
A maioria dos casos trágicos ocorreu na Índia (100), Estados Unidos (39), e Rússia, (33). Mas o Brasil também está na lista: é o quinto colocado com 17 casos.
A faixa etária das vítimas da tragédia por selfie é predominantemente jovem: de 19 anos até 29 anos.
Um segundo levantamento, feito pelo Journal of Travel Medicine, revelou os lugares com mais registros fatais por tentativa de selfie: Cataratas do Niágara, o Glen Canyon (EUA), o Charco del Burro (Colômbia), a catarata de Mlango (Quênia), os montes Urais (Rússia), o Taj Mahal, o vale de Doodhpathri (ambos na Índia), a ilha Nusa Lembongan (Indonésia) e o arquipélago de Langkawi (Malásia). A praia brasileira da Penha, em Santa Catarina, também é citada.
Especialistas já falam em colocar orientações sobre os riscos da selfie, sobretudo em locais de grande visitação. Os números trágicos colocam um dilema entre tirar a foto perfeita, que estimula a adrenalina de quem vê, e a segurança – que muita gente ainda prefere arriscar em troca do like.
Jogador de vôlei é demitido após comentário homofóbico
Era o anúncio da nova HQ da DC Comics, na qual o personagem Jonathan Samuel Kent, filho de Superman/Clark Kent e Lois Lane, se descobre bissexual. Mas o jogador de vôlei Maurício Souza resolveu comentar e acabou cometendo o crime de homofobia. Ele teve o contrato rescindido com o Minas Tênis Clube, onde atuava, após pressão dos patrocinadores Fiat e Gerdau, insatisfeitos com a dificuldade do atleta em admitir o erro.
A fala teve repercussão negativa no esporte e pode parar na Justiça. O campeão olímpico na Rio 2016 escreveu no comentário da postagem da gigante dos quadrinhos: “Ah, é só um desenho, não é nada demais… Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
O meio de rede foi imediatamente afastado das quadras por tempo indeterminado, até por pressão dos patrocinadores, e foi multado. Maurício se retratou, mas usando o Twitter, onde tem 51 seguidores, e não no Instagram, cujo perfil pessoal é seguido por 280 mil, e de onde partiu a fala homofóbica. “Pessoal, após conversar com meus familiares, colegas e diretoria do Clube, pensei muito sobre as últimas publicações que eu fiz no meu perfil. Estou vindo a público pedir desculpas a todos a quem desrespeitei ou ofendi, esta não foi minha intenção”, escreveu.
Na quarta, ele voltou às redes sociais e, num vídeo, pediu desculpas mais uma vez, porém dizendo ter apenas omitindo um opinião. “Ter opinião e defender o que se acredita não é ser homofóbico nem preconceituoso!”, falou.
A declaração acirrou ainda mais os ânimos e, diante de uma situação extrema de crise, o clube decidiu pela demissão do atleta.
O técnico da seleção, Renan Dal Zotto, também fechou as portas para Maurício. “Não há espaço para homofóbicos”, declarou.
No esporte ou na vida, a bola fora é sempre motivo de decepção.
Zara será investigada por suposto código racista
A Zara tem muito a se explicar depois de vir a público uma denúncia de que funcionários usavam um código para alertar sobre a entrada de clientes de menor poder aquisitivo ou negros. Segundo investigação da Polícia Civil do Ceará, autofalantes internos da loja do shopping Iguatemi de Fortaleza anunciavam “Zara zerou” toda vez que “pessoas indesejadas” entraram na loja. A rede, contudo, teve uma gestão malsucedida da crise. Em nota, logo se adiantou a negar o caso e dizer que uma única pessoa negra foi barrada por medidas sanitárias, uma vez que entrou no estabelecimento com a máscara abaixada por estar tomando um sorvete. A apuração do caso revelou, no entanto, evidências que podem comprovar o caso de racismo. Imagens das câmeras de segurança revelam pessoas brancas entrando na loja com máscara no queixo ou de forma inadequada, ingerindo alimentos, e não sendo abordado nem pelos funcionários ou tendo o código anunciado imediatamente.
O caso teve repercussão nacional e o pedido de explicações mais contundente veio do Procon de São Paulo. A Zara agora terá que informar a política de treinamento de funcionários; como é o treinamento para tratar com a diversidade; além de revelar códigos de segurança e estratégias de abordagem.
O gerente da loja, Bruno Filipe Simões Antônio, de 32 anos, foi indiciado por racismo.
Movimentos, sobretudo nas redes sociais, pedem o boicote à loja.
A transmissão dos valores éticos para os funcionários é um desafio para as corporações. Admitir erros e corrigi-los se torna uma obrigação.
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