Assédio no metaverso: como combater crimes digitais

Que o metaverso é a bola da vez da comunicação e veio para revolucionar os formatos de relacionamento não é novidade. No entanto, chamou a atenção de especialistas e interessados no tema o primeiro caso registrado de assédio sexual. É a prova de que é preciso pensar em garantias protetivas e nos direitos das mulheres para erradicar qualquer forma de violência. O assunto movimentou um grande debate sobre como combater crimes digitais.
Usuária afirma que teve seu avatar ‘apalpado’ em uma plataforma do metaverso, e especialistas apontam a necessidade de promover campanhas educativas contra assédio e a regulação do ambiente virtual. O caso aconteceu na plataforma de realidade virtual “Horizon Worlds”, da empresa Meta (controlada pelo facebook). A vítima diz que testemunhas que presenciaram o ocorrido não ofereceram ajuda, o que tornou a situação ainda mais desconfortável.
Vivek Srama, vice-presidente da plataforma, classificou o ocorrido como “absolutamente lamentável”. Segundo a Meta, uma investigação interna foi aberta para apurar o caso e mostrou que a usuária não teria usado as ferramentas disponíveis para evitar a agressão, como o acionamento da “Safety Zone”, que criaria uma bolha ao redor do usuário impedindo o contato físico de outros avatares.
Além de campanhas educativas, é urgente a aplicação de medidas que assegurem os direitos das mulheres, erradicando e punindo qualquer forma de violência.
Desmond Tutu: a morte de um dos principais ícones contra o “Apartheid”

Figura importante na história da África do Sul, o arcebispo Desmond Tutu – que contribuiu para o fim da política de segregação racial e discriminação imposta pelo governo de minoria branca contra a maioria negra de 1948 a 1991, morreu aos 90.
Em 1984, Tutu recebeu o prêmio Nobel por seu importante papel na luta pela abolição do sistema e se tornou uma das personalidades mais conhecidas dentro e fora da África do Sul.
“Um homem de intelecto extraordinário, integridade e invencibilidade contra as forças do apartheid, ele também era terno e vulnerável em sua compaixão por aqueles que sofreram opressão, injustiça e violência sob o apartheid e pessoas oprimidas ao redor do mundo”, disse Ramaphosa, presidente da África do Sul.
Ordenado sacerdote em 1960, passou a servir como bispo do Lesoto de 1976-78, bispo assistente de Joanesburgo e reitor de uma paróquia em Soweto. Em 1985, Tutu se tornou bispo de Joanesburgo e foi nomeado o primeiro arcebispo negro da Cidade do Cabo. Ele usou seu papel de destaque para falar contra a opressão dos negros em seu país, sempre dizendo que seus motivos eram religiosos e não políticos.
Tutu também foi nomeado por Nelson Mandela, para uma Comissão de Verdade e Reconciliação, que investigava crimes cometidos por brancos e negros durante o período do apartheid.
No atual contexto, onde tanto se luta pela igualdade racial, representantes como este demonstram o poder da imagem de um líder, e a importância que têm para o povo, inspirando pessoas a seguirem por esse mesmo caminho, globalmente.
Julgamento nas redes sociais

Em tempos de redes sociais, onde todos são vigiados, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso vem sendo criticado após aparecer cantando e se divertindo, sem máscara, ao lado do cantor Diogo Nogueira e do jornalista Heraldo Pereira em uma festa de casamento, no interior de São Paulo.
Muitos opositores acusam Barroso de hipocrisia, já que ele é responsável pela decisão liminar que exige a apresentação do passaporte de vacina para a entrada de brasileiros no país. Para o magistrado, a quarentena de cinco dias não substitui o comprovante de vacinação, como foi sugerido pelo governo. Mas que logo após, foi aceita pelo STF juntamente com um novo teste negativo como substitutivo da vacina.
O que realmente chama a atenção nesse caso é a falta de alinhamento entre discurso e ações. Por se tratar de representante do poder público, ficam ainda mais evidentes os riscos de descrédito institucional, que podem levar a danos de imagem e reputação.