Bradesco se envolve em polêmica com setor agropecuário após campanha ESG

A leitura equivocada de cenário e a falta de posicionamento firme de uma campanha publicitária podem causar arranhões inesperados – mas que devem sempre ser previstos – à imagem de uma empresa. O Bradesco sentiu isso na pele, recentemente, após a campanha sobre o seu novo aplicativo que ajuda o usuário a medir o consumo de carbono – aliada à vinculação do Banco a um outro vídeo das influenciadoras @verdesmarias incentivando a diminuição do consumo de carne bovina – gerar diversos protestos e churrascos organizados pelo setor do agronegócio em frente a agências em diversas cidades do Brasil.
Diante da repercussão negativa, o Bradesco acabou retirando a campanha do ar e publicou uma carta aberta ao agronegócio, procurando se desvincular do conteúdo do vídeo das influencers. No comunicado, o Banco afirma que sempre apoiou o setor, “um vetor de desenvolvimento social e econômico do país”. Também afirmou que promove direta e indiretamente a pecuária brasileira e, por conseguinte, o consumo de carne bovina, contrariando o vídeo das influenciadoras. Mesmo com essas ações, o dano já estava causado, e a falta de coerência de discurso foi flagrante.
Fica evidente que o Bradesco não se mostrou convicto de que posição defender nesta história. Ao mesmo tempo em que tentou se mostrar atento às pautas ESG com o lançamento do aplicativo, a empresa acatou à pressão de um dos setores que financia, mas que não é o único. Deve-se entender que o posicionamento a favor de uma atitude sustentável não significa romper totalmente as ligações com um setor. No caso do Bradesco, era possível buscar um equilíbrio entre as posições.
Daí a importância de contar com o suporte e as orientações de consultores de comunicação que, com um olhar especializado e atento a todos os cenários que envolvem o negócio do seu cliente, podem ajudar as empresas a se posicionarem estrategicamente sobre diversas pautas sem que essa comunicação crie rupturas ou impulsionem crises de imagem. A consultoria de comunicação também é relevante para guiar as instituições a terem coerência entre o que se faz e o que se prega.

A grande bola de neve que virou a discussão entre Tiago Leifert e Ícaro Silva
Após grande discussão nas redes sociais com o ator Ícaro Silva devido a comentários negativos sobre o programa ‘Big Brother Brasil’, o ex-apresentador Tiago Leifert decidiu dar sequência à história. A confusão já dura mais de duas semanas – com direito a réplica, tréplica e re-tréplica. Em um vídeo de oito minutos, Tiago diz ter sido atacado por Ícaro, alegando que o ator tocou em assuntos pessoais – como sua religião e o fato de que seu pai ser ex-diretor da Globo teria contribuído para sua ascensão na emissora.
Tudo começou quando Ícaro Silva, ao negar especulações de que participaria do BBB 22, classificou o programa como “entretenimento medíocre”, chamando-o de “Big Boster Brasil”. O tuíte logo foi apagado devido à grande repercussão. Mas, como diz o ditado, o print é eterno – e foi utilizado por Leifert para lamentar e criticar a postura do ex-colega de emissora.
Foi suficiente para a discussão ganhar manchetes na mídia e tomar conta das redes sociais, onde o ator e o apresentador receberam críticas e apoio de vários famosos. No último vídeo publicado por Tiago, ele diz que em nenhum momento atacou a trajetória, família ou a religião de Ícaro.
Em casos como esse, onde uma figura pública não se posiciona de forma efetiva desde o início e segue prolongando uma situação, uma grande crise de imagem e reputação pode ser gerada. A Oficina é especialista em posicionamento estratégico e visão de cenários onde se preserva a imagem da pessoa ou empresa, além de ser assertiva em gerir crises. O serviço prestado pela consultoria é adaptado à situação de cada cliente e garante o desenvolvimento de posicionamentos adequados para prevenir e gerenciar ruídos que possam colocar em risco imagens e reputações.

Inclusão além do discurso
Será que a publicidade no Brasil é inclusiva? Será que as empresas estão capacitadas para colocar em prática a agenda da inclusão? O Movimento Web Para Todos (MWPT) lançou um guia prático de acessibilidade digital para tornar as campanhas mais diversas e inclusivas. Apesar do esforço de muitas empresas de publicidade e comunicação, o mercado ainda não consegue se comunicar com todo mundo. E o MWPT vem com o objetivo de derrubar essa barreira entre pessoas com deficiência e as campanhas publicitárias.
Estatísticas do IBGE mostram que o Brasil possui em torno de 17 milhões de pessoas com deficiência. O “Guia de Acessibilidade Digital para Marcas Diversas e Inclusivas” traz uma lista de sugestões para viabilizar campanhas tradicionais e on-line que possam atingir esse público, assim como dicas de ferramentas de inclusão, legislação, neurodiversidade e jornada de acessibilidade – além de instigar as marcas a repensarem seus sites e plataformas para abranger a todos.
O guia surgiu em um evento com parceria da Google, no qual especialistas discutiram formas de adaptar conteúdos em formatos que consigam dialogar com o maior número de pessoas por meio da acessibilidade digital. Simone Freire, idealizadora do projeto, conta que “cada vez mais clientes exigem que as agências de publicidade tenham ações inclusivas”.
Segundo ela, as empresas erram principalmente, ao deixar a acessibilidade apenas no fim da produção e não separar orçamento para adequar seus conteúdos. Mesmo com o avanço nos debates sobre inclusão, os negócios precisam se dedicar de verdade – sem querer apenas “surfar” nessa pauta.
Empresas como a Oficina, com seus profissionais capacitados e multidisciplinares, possui um papel importante na consultoria de porta-vozes e representantes dessas marcas. O papel do consultor em comunicação é fundamental na orientação profissionalizada e customizada a empresas para que o processo de inclusão seja efetivo e faça parte da cultura organizacional.