Foto: Valor
Enquanto os Estados Unidos mergulham na ressaca pós-eleitoral, o Brasil se prepara para ir às urnas no próximo dia 15 de novembro, num sistema em que cada voto do eleitor conta para eleger futuros prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
Como no Brasil a votação direta e eletrônica garante uma apuração rápida dos votos, será possível conhecer os vencedores, no próprio dia da eleição, à exceção de disputas a prefeituras de municípios com mais de 200 mil eleitores em que o primeiro colocado não conquistar a maioria absoluta de votos válidos. Nesses casos, a definição entre os dois mais votados ocorrerá em 29 de novembro, no segundo turno.
A corrida eleitoral deste ano, em meio à pandemia da Covid-19, despertou muito mais interesse de atuais prefeitos pela reeleição do que na disputa de 2016. Segundo levantamento do site G1, com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 3.082 prefeitos tentam o segundo mandato, o que representa 55,3% do total de candidatos. Quatro anos atrás, limitaram-se a 2.708.
O chamado “recall” dos prefeitos – ter mais chance no pleito por ser mais conhecido – parece que funcionará em várias das 26 capitais, como indicam institutos de pesquisas eleitorais.
O atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), está com vantagem folgada sobre o segundo colocado, na pesquisa divulgada pela Datafolha na data de ontem: soma 65% das intenções de voto contra os 7% de João Vitor Xavier (Cidadania). Confirmado o prognóstico, é só esperar a contagem para festejar.
Outros com alta probabilidade de sagrarem-se prefeitos já primeiro turno, considerando-se os resultados de pesquisas eleitorais, são os seguintes: Álvaro Dias (PSDB), em Natal; Gean Loureiro (DEM), em Florianópolis; Marquinhos Trad (PSD), em Campo Grande; e Rafael Greca (DEM), em Curitiba. Todos já ocupam a cadeira de prefeito e tentam a reeleição.
A capital de São Paulo, uma das mais cobiçadas, segue com uma disputa embolada e o novo prefeito somente será conhecido no segundo turno. O atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), está na dianteira das pesquisas, mas sem uma margem confortável.
Eleição nos EUA: aos vencedores, a democracia
por Miriam Moura, diretora de Curadoria e Conteúdo da In Press Oficina

Foi uma eleição multimídia, omnichannel, sem fuso horário, sem distância geográfica. Uma apuração voto a voto, estado a estado, uma torcida global, uma aula de comunicação visual. Surgiu um novo “léxico” capaz de superar barreiras linguísticas.
Canais multimídias foram inundados por GIFs e infográficos que alternavam as cores vermelha e azul em piscas e alertas. Comunicação instantânea, voto a voto. Os “swing estates”, que poderiam decidir a eleição, ganhavam vida nos mapas de telonas e telinhas.
Muito ainda vai ser processado por analistas no “debriefing” que começará a ser feito a partir de agora em todo o mundo. Mas já é possível apontar quem vai figurar no pódio dos vencedores, além da iminente vitória de Joe Biden, candidato do partido Democrata. “Go Biden” foi um grito que se fez ouvir em várias mídias, em múltiplos canais, até mesmo em estradas físicas em diversos estados norte-americanos.
O mundo entrou em outro ritmo a partir do momento em que encerrou a votação na terça-feira, 3 de novembro. Memes e hashtags desfilaram em timelines de milhares de pessoas em todo o mundo. A cada momento, o nome de um estado ganhava destaque em noticiários jornalísticos em qualquer idioma. Wisconsin, Pensilvânia, Arizona, Geórgia.
No mundo da mídia, seja a tradicional ou a nova mídia das plataformas digitais, houve uma sucessão de fatos “remarkables”, notáveis, surpreendentes. Pela primeira vez na história dos EUA, as três maiores emissoras de TV (ABC, CBS e NBC) suspenderam o discurso feito pelo presidente Donald Trump, enquanto ele alegava, sem provas, que a eleição estaria sendo fraudada. O Twitter alertou usuários que o post de Trump sobre sua “vitória fácil” poderia conter desinformação sobre as eleições.
O jornal “New York Times” manteve por dias no alto da primeira página o mapa dos EUA com atualizações em tempo real da apuração dos votos, com milhares de views. A madrugada de quinta (5) para a sexta, 6/11 foi descrita como “uma noite de espera, contagem de votos e protestos”.
A apuração ainda vai ter desdobramentos e prováveis processos judiciais ameaçados por Trump, até que se saiba o resultado final em número de votos e de cadeiras conquistadas no Senado e na Câmara.
Mas uma ironia política fatal já se prenuncia: o slogan “Make America Great Again”, que elegeu Trump em 2016 para a Casa Branca, transforma-se em mera retórica na era trumpista.
E talvez possa se realizar na Era Biden.
O Gambito da Rainha: magnetismo, genialidade e coragem no protagonismo feminino

A Netflix, em mais uma das suas jogadas de mestre, faz a adaptação do livro do escritor americano Walter Tevis em minissérie, que não é baseado em uma história real, mas uma soma de várias experiências de xadrezistas de renome mundial.
A personagem principal da trama, Elizabeth Harmon, possui uma história de vida complexa, com mais baixos que altos encontra no xadrez a paz que precisava para poder eixos e tirar lições de vida.
O caminho não é linear e a personagem viaja entre a força pessoal em se manter em um ambiente dominado por homens da década de 60 e o abuso de drogas e álcool por não conseguir gerenciar suas emoções relacionadas à frustração de derrotas em partidas de xadrez, perdas pessoais e solidão.
A narrativa mostra a construção de aprendizado entre estratégia e realidade, o que se aplica e quando se aplica, e com mais destaque ainda, mostra que prodígios precisam de dedicação e estudo para nutrir o talento. Com o passar dos episódios, ela vai se desconstruindo e se reconstruindo diversas vezes e os coadjuvantes sempre impactando essa jornada.
Gambito da Rainha é o nome de uma estratégia de jogada no xadrez, quando em momentos iniciais do jogo utilizam-se os peões brancos, garantindo simultaneamente um ataque e uma defesa.
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