Foto: In Press Oficina
Considerado uma revolução para o setor financeiro, o Pix ainda suscita muitas dúvidas nos usuários, especialmente em questões envolvendo a segurança nas transações e os riscos de fraude. O cadastramento das chaves do novo sistema de pagamento eletrônico teve início no último dia 5 e, segundo o Banco Central, cerca de 33 milhões de chaves já foram cadastradas.
O webinar semanal Arena de Ideias, transmitido nesta quinta-feira (15) pela In Press Oficina, trouxe especialistas para esclarecer as principais dúvidas sobre o Pix e as futuras inovações tecnológicas do setor financeiro.
Participaram do debate o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte; o presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger; o superintendente global de inovação do Banco Santander, Arley Moura; e a diretora de Enfrentamento de Crise e Consultoria da In Press Oficina e diretora de atendimento do Banco Central, Sônia Filgueiras. A diretora do núcleo de relacionamento com Poder Público da In Press Oficina, Fernanda Lambach, fez a moderação do bate-papo.
O Pix entrará plenamente em vigor a partir de 16 de novembro. A fase atual é de cadastramento da “chave Pix” , a informação que vai identificar um cliente e a conta bancária no sistema. Essa chave poderá ser um número de celular, um e-mail, o CPF ou o CNPJ.
As principais características do sistema são a disponibilidade 24 horas por dia, a velocidade das transações, a conveniência nas possibilidades de pagamento e a maior concorrência entre as instituições financeiras. Além da economia quando comparado aos já existentes TED e DOC.
Saiba as principais dúvidas do público

Durante o Arena de Ideias, os especialistas responderam a questionamentos do público, postados no chat do canal da In Press Oficina, no YouTube. Confira as principais perguntas e respostas sobre o Pix e o futuro do setor financeiro:
O cadastro de chaves do Pix cresce exponencialmente. Como evitar fraudes?
“O primeiro ponto é que não existe tentativa de fraude no sistema do Pix. O que existe são golpistas que criam sites falsos, mandam mensagens tentando capturar a atenção dos cidadãos, uma isca, e capturam de formas ilegais os dados das pessoas. As transações com Pix e o cadastramento com chaves são realizadas num ambiente logado, no aplicativo da sua instituição. Se receber um link por email ou celular, pode desconfiar”. (Ângelo Duarte/BCB).
Como a tecnologia amplia competitividade do setor financeiro?
“Usando a tecnologia você consegue atingir uma quantidade grande sem precisar ter uma estrutura física. Isso coloca o mercado num cenário de competição nunca visto. O Pix é um dos elementos que está entrando nessa revolução, que vai passar depois por outro tópico, o open banking. O sistema financeiro está ficando cada vez mais com cara de internet. O Pix é a internet dos bancos”. (Eduardo Neger/Abranet).
Haverá um limite financeiro para as transações com Pix?
“O banco vai estabelecer esses limites. Ele pode estabelecer limites para o horário noturno, em que as pessoas fazem menos pagamentos e existe mais riscos de fraude. Mas esses limites têm um ponto importante: são os mesmos que as instituições impõem em outros meios de pagamento”.(Ângelo Duarte/BCB).
Com a entrada do Pix, o DOC e o TED serão extintos?
“O Pix é mais um meio de pagamento no mercado. Nenhum meio de pagamento administrado pelo Banco Central, como DOC, TED ou boleto será descontinuado. Continuarão funcionando. Mas o Pix tem claramente um mar de vantagens em relação a esses três que eu mencionei”. (Ângelo Duarte/BCB).
Os bancos serão prejudicados com o Pix?
“O banco não perde com o Pix, ganha muito em competitividade. Acho que o Pix agrega muito como um meio de pagamento, não como um atravessador no meio. Com a adoção do open banking cada vez mais veremos as big techs virando ‘bancos’ e, em contrapartida, os bancos virando cada vez mais empresas de tecnologia. O banco vê isso mais como uma oportunidade do que como uma ameaça”. (Arley Moura/Santander)
Como a comunicação pode ajudar bancos, fintechs e Banco Central a informar a população?
Toda mudança gera ansiedade e a comunicação tem o papel de garantir que todos estejam bem informados. É importante que as pessoas se sintam seguras ao usar o sistema. A primeira ansiedade de uma pessoa comum em relação ao sistema é: se eu fizer essa operação, o dinheiro vai mesmo chegar aonde eu espero que chegue? A segurança do sistema, a agilidade, a inovação tecnológica são todos aspectos importantes para aplacar essa insegurança. Vejo a comunicação como um instrumento para fazer dar certo. A comunicação é uma ferramenta importante para que as pessoas, as empresas, os usuários, de maneira geral, todos da cadeia se engajem. (Sônia Filgueiras/In Press)
Campanha traz dicas de segurança na internet

Desde ontem está no ar a campanha #FiqueEsperto para ajudar a conscientizar a população sobre o uso seguro da Internet. Inúmeras informações e dicas de segurança estão acessíveis na página da campanha (https://fe.seg.br/).
“Seja você também responsável por contribuir com a redução do número de pessoas que são vítimas desses golpes usuais em nosso novo mundo digital!”. Esse é o convite da campanha para que ajudem na divulgação.
A iniciativa é de entidades ligadas aos setores de telecomunicações, financeiro, varejo e da internet e prevê ações ao longo dos próximos quatro meses. Entre elas, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Associação Brasileira de Internet (Abranet) e Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico.
Para alcançar o maior número possível de pessoas, também estão previstos envios de SMS pelas operadoras e e-mails pelas entidades aos respectivos públicos, além de postagens nas redes.
O foco é educativo e complementar aos sistemas inteligentes e ao desenvolvimento de tecnologias para aumentar a segurança. E, assim, evitar que a pessoa seja alvo fácil de desinformação, disseminação de Fake News e até fraudes financeiras.
A campanha englobará desde informações básicas, como acessar sites de forma protegida, criar senhas seguras. “Para quem tem certa familiaridade com a rede pode parece óbvia, mas é preciso lembrar que a inclusão digital de agora está trazendo para dentro da internet pessoas que não tem tanta experiência com a rede”, justificou Eduardo Neger, da Abranet, que aproveitou para divulgar a campanha durante o Arena de Ideias.
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