Enquanto enfrenta terreno árido na Câmara, o governo espera contar com o Senado para minimizar danos e aprovar suas iniciativas. A boa vontade do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi demonstrada no esforço para votar em uma manhã a MP 1.154/2023, da estrutura da Esplanada.
Pacheco já se comprometeu a tentar aprovar o novo Marco Fiscal, já apreciado pela Câmara, antes de 20/6. Com isso, o Comitê de Política Monetária (CMN), que se reúne em 20 e 21/6, já teria um fato concreto a influenciar a redução, ou sinalização de redução, dos juros. O texto será relatado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM).
No papel de reduzir danos causados pelos excessos da Câmara, Pacheco deverá tramitar sem pressa o projeto de Lei que estabelece o Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas (só para as ocupadas na data da promulgação da Constituição de 1988).
O texto tramitará por Comissões do Senado, antes de ir para o plenário. O presidente Lula também conta com o apoio de Pacheco e da base governista no Senado para aprovar a indicação do advogado Cristiano Zanin para o STF, na vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
A indicação foi formalizada por Lula na quinta (1), ignorando as críticas dos aliados que pretendiam a nomeação de uma mulher negra, e dos não aliados que criticam o fato de Zanin ser o advogado de Lula nos processos da Lava-Jato.