
Ônibus para votar

O Supremo Tribunal Federal (STF) reagiu à ameaça de restrições à mobilidade de eleitores de baixa renda, que tinham por objetivo aumentar as abstenções em regiões seletivas de acordo com interesses eleitorais de grupos específicos. O ministro Luís Roberto Barroso determinou na noite de quinta-feira (29) que a oferta de transporte público seja mantida normalmente no domingo das eleições, 2/10. O primeiro sinal de alerta veio de Porto Alegre (RS), onde a prefeitura suspendeu a gratuidade de passagem no domingo para quem tem esse direito. E havia o temor de que frotas fossem reduzidas em outras cidades do país. O Partido Rede entrou com pedido no STF para que a gratuidade fosse oferecida em todo o país. Barroso negou atendimento ao pleito, que exigiria aprovação de lei, mas determinou que ela seja mantida onde já era oferecida em outras eleições. “Não há razão para que os municípios que nas últimas eleições já executavam alguma política pública de gratuidade no dia do pleito deixem de fazê-lo”, afirmou.
Movimentação externa

O Senado dos Estados Unidos aprovou esta semana, por unanimidade, resolução com objetivo de apoiar a conformidade do sistema eleitoral e a democracia brasileira. Na justificativa da medida, o senador Bernie Sanders afirmou que o texto não era favorável a qualquer candidato e sim contrário às relações e assistência militar entre países em caso de um golpe. Na prática, a moção vem para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheça imediatamente o vencedor da eleição brasileira, o resultado das urnas eletrônicas e a conferência realizada pelo TSE.
Masterclass Oficina

Na quarta-feira (28), a Oficina Consultoria realizou a Masterclass “O que esperar das eleições no Brasil? O que o jornalismo, as redes sociais e a ciência de dados revelam. O webinar, realizado de forma híbrida, no meio online e no escritório Café da Oficina, contou com a participação de Sylvio Costa, fundador do Congresso em Foco, e Cila Schulman, vice-presidente do Instituto Ideia, com apresentação de Patrícia Marins, sócia-diretora; e Caíque Fernandes, diretor de relacionamento com o Poder Público da Oficina.
No encontro, os convidados abordaram as nuances da reta final do período eleitoral, com a manifestação pelo voto útil, a forma que os dados fornecidos pelas pesquisas e por relatórios de mídias sociais reverberam no discurso e na narrativa construída pelos candidatos ao longo do processo e de sua carreira política. Também foi levantada as perspectivas para domingo (02/10) primeiro turno das eleições gerais e os possíveis desdobramentos, em caso de vitória em primeiro turno, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de um possível segundo turno e as reações dos candidatos e dos eleitores.
Em consonância com o evento, o time de Relacionamento com o Poder Público da Oficina elaborou e-book sobre o tema, que pode ser acessado pelo link.
Debate presidencial
Na noite de quinta-feira (29) foi realizado, pela TV Globo, o último debate antes do primeiro turno das eleições com os candidatos à Presidência da República. Embora se tenha registrado recorde de audiência, o encontro foi marcado por abordagens agressivas e vago diálogo sobre as perspectivas de governo dos presidenciáveis. Na ocasião, foi intensificado o embate entre os principais presidenciáveis, à medida que o objetivo da discussão se concentrou em desgastar a imagem de adversários e aumentar suas rejeições e intenções de voto. Houve também explícita dobradinha entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Padre Kelmon (PTB), flagrados inclusive no intervalo trocando anotações. Somente na parte final do debate houve exposição de ideias sobre temas estruturantes, como habitação, meio ambiente, agricultura e educação. O encontro contou com a participação Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d´Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB).
Reações ao debate
Em pesquisa Datafolha divulgada nesta manhã (30), encomendada pela Globo, o ex-presidente Lula (PT) aparece com 50% das intenções de votos válidos no primeiro turno da eleição presidencial, ao passo que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), possui 36% das intenções. Ambos os candidatos se mantêm no páreo para disputa ao Planalto após o debate de ontem; Lula possui o mesmo percentual de votos válidos da pesquisa anterior e Bolsonaro oscilou um ponto para cima (tinha 35%). Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT) com 6%, Simone Tebet (MDB) com 5% e Soraya Thronicke (União Brasil) com 1%.
Pesquisas finais
Datafolha, Ipec e a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgam novas pesquisas neste sábado (1º). A da CNT, realizada de 28 a 30 de setembro, será divulgada às 9h (horário de Brasília), no site cnt.org.br. A edição 155 mostra:
• Intenção de voto para presidente da República em 2022;
• Possibilidade de mudança de candidato até a hora da votação;
• Eventual medo e/ou restrição de falar em quem vai votar para presidente da República em 2022;
• Intenção de voto em hipótese de segundo turno.
Lembretes para domingo
- Confirme seu local de votação e Zona Eleitoral, houve muitas mudanças
- Horário: 8h às 17h (hora de Brasília)
- Documentos: oficiais com foto, inclusive os digitais. Não é necessário levar o título de eleitor (https://bit.ly/3RqT1hd):
- e-título (tem que baixar até 23h59 do dia 01/09!);
- carteira de identidade;
- identidade social;
- passaporte;
- ou outro documento de valor legal equivalente, inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei.
- Faça sua biometria ou assine a lista (caso não tenha biometria);
- Deixe seu celular com o mesário;
- Entre sozinho na cabine (crianças, entram apenas as de colo);
- Na urna há uma sequência de votos:
- Deputado Federal (quatro dígitos);
- Deputado Estadual e Distrital (cinco dígitos);
- Senador (três dígitos);
- Governador (dois dígitos);
- Presidente (dois dígitos).
- Pegue seu comprovante de votação
ATENÇÃO: É proibida a presença de pessoas armadas a menos de 100 metros das zonas de votação a partir desta sexta-feira (48h antes do pleito) até segunda-feira (24h depois). Só será permitido porte de arma a profissionais de FORÇAS DE SEGURANÇA EM SERVIÇO E AUTORIZADO PELA AUTORIDADE ELEITORAL.