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Liga/desliga
Nos últimos dez dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse duas vezes há risco de o Brasil enfrentar novo racionamento de energia. Na primeira fala, em 15 de junho, evocou o final do governo FHC, quando empresas e cidadãos tiveram de economizar muito para não ficar completamente no escuro. No começo da semana, falou em apagão, mas recuou depois de ter sido alertado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que essa possibilidade estava afastada.
As manifestações de Lira ocorreram sempre depois de reuniões com Albuquerque. Na última segunda-feira, o ministério divulgou nota para negar que esteja tomando medidas de racionamento de energia elétrica no país, mas admitiu que prepara uma medida provisória para enfrentar a crise gerada pela falta de chuvas no País que tem como principal fonte de energia a hidroeletricidade.
Em maio, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) emitiu um comunicado de emergência hídrica a órgãos de meteorologia federais e ao Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), o primeiro com esse teor em 111 anos, afirmando que a situação é crítica no Centro-Oeste, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Conta mais alta
Especialistas do setor elétrico dizem que o risco de apagão é real. Sem chuvas, a solução estaria no investimento maciço em fontes renováveis. Para isso é preciso tempo e muito dinheiro. De certo até o momento, somente que a conta de luz ficará mais cara.
O valor das bandeiras tarifárias, que indicam o custo da energia fornecida aos brasileiros, já deve aumentar em julho. Quanto menos chuvas, como agora, mais usinas térmicas ligadas. Como esta energia além de mais poluente é mais cara, a conta aumenta.
Transparência x escuridão
Todo brasileiro com mais de 30 anos lembra do racionamento que o País enfrentou há exatos 20 anos, seu impacto na produção econômica, no conforto e no bolso dos brasileiros. Na ocasião, também às vésperas de um ano eleitoral, o governo relutou em admitir a situação extrema.
Somente depois de confiar a gestão da crise ao então ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, é que os brasileiros foram informados da real gravidade da situação e sobre como enfrentá-la. A situação pode se repetir. Mas para o enfrentamento de crises recomenda-se o contrário: transparência, comunicação permanente e orientação sobre como agir.
Ex-mito
Moro foi considerado parcial pelo STF no julgamento de Lula. (Marcelo Camargo / Agência B)
Por 7 votos a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram o ex-juiz Sérgio Moro parcial no processo em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá (SP), em 2017. A decisão, confirmada na última quarta-feira, anulou a sentença de Moro por entender que o então juiz extrapolou suas competências ao traçar estratégias de acusação com o Ministério Público Federal. O processo será reiniciado na Justiça Federal de Brasília.
Há cinco anos, Moro era o juiz que mudava a relação do Brasil com a corrupção. Há três, quando Lula foi para a cadeia, virou mito, potencial candidato a uma vaga no STF ou à presidência da República. Sua imagem começou a trincar poucos meses depois, no final de 2018, quando deixou a magistratura para tornar-se ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, despertando a suspeita de uns (confirmando a de outros) de que tinha agido politicamente e influenciado resultado das eleições presidenciais.
Ao deixar o governo em abril de 2020, rompeu com o bolsonarismo e restringiu ainda mais o grupo de apoiadores. Por fim, foi flagrado combinando o jogo com a acusação, o que é vedado a um juiz. Agora, tem sido desconvidado de palestras por pressão de colegas advogados, incomodados com a forma como atuou no processo contra Lula.
Com a mudança para os Estados Unidos, seu nome é cada vez menos lembrado para disputar o Palácio do Planalto enquanto Lula torna-se o principal adversário do presidente em 2022. Com a decisão do STF, Moro torna-se apenas sombra do que poder que encarnava há poucos anos e torna-se exemplo de como uma boa imagem, que exige um longo período de reconstrução, pode ser comprometida em pouco tempo.
Orgulho LGBTQIA+
Nos sites, nas redes sociais e na publicidade, junho, o mês do Orgulho LGBTQIA+, tingiu as marcas de empresas dos mais diferentes segmentos com as cores do arco-íris. A tentativa de associação à causa é maior a cada ano, desde o começo da década passada, quando as redes sociais deram voz à diversidade.
Entre tantas empresas, muitas têm políticas de inclusão consistentes. Outras correm um grande risco ao tentar surfar uma onda sem os pés bem fincados na prancha.
Quantas dessas empresas treinam seus funcionários para lidar com o público e os próprios colegas LGBTQIA+? Quantas têm executivos ou membros dos conselhos de administração homossexuais? Quantas asseguram que funcionários não terão a carreira ou ascensão abreviada caso tornem pública sua orientação sexual?
As iniciativas em favor da inclusão são louváveis desde que sejam verdadeiras, fruto do amadurecimento da companhia e de todos que a constroem. O caminho é longo, tem de ser bem construído e mantido porque a aprendizagem não tem fim.
Contramão
Em pleno mês do Orgulho LGBTQIA+, o governador Carlos Moisés (PSL) proibiu por decreto as escolas públicas e privadas de Santa Catarina de utilizar o gênero neutro em documentos, provas, materiais didáticos, comunicados e editais de concursos. O texto obriga o uso da “norma culta” da língua portuguesa. A linguagem neutra, também conhecida como não-binária, objetiva tornar a língua portuguesa inclusiva, para todes, todxs ou tod@s.
Moisés atendeu uma sugestão da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo, sua companheira de partido. Antifeminista declarada, autora do livro “Feminismo: perversões e subversões”, a parlamentar de 30 anos considerou o decreto “uma importante vitória para a Língua Portuguesa”, evitando-se “prejuízos educacionais provocados pela aberração linguística que chamam de ‘linguagem de gênero neutro'”.
A deputada ganhou projeção nacional quando, logo depois de confirmada a vitória do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, pediu aos estudantes que gravassem e lhe enviassem vídeos e informações de “professores doutrinadores que estarão inconformados e revoltados com a vitória do presidente Bolsonaro”. Segundo a deputada, os professores não conseguiriam “disfarçar sua ira” e fariam da sala de aula “uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias”. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou com ação contra a deputada.
A placa e o preconceito
Um motorista foi à Justiça para trocar a placa do seu carro, composta pelas letras GAY, para evitar ser constrangido. Na primeira instância, o juiz tinha mandado o Detran-DF mudar a placa, mas o órgão de trânsito recorreu. Na semana passada, os desembargadores do TJDFT negaram o pedido de alteração por unanimidade por entender que o proprietário sabia qual a placa do veículo antes da compra.
Na sentença, os magistrados ressaltaram que a legislação de trânsito só permite a substituição da placa em caso de clonagem e que a troca das letras não protegeria o autor da ação de possíveis práticas homofóbicas, “pois não se é escondendo, mascarando a grafia associada a uma orientação sexual, que se extirpa o preconceito, mas através de políticas de educação e conscientização da população”.
Identidade na Globo
Em meados do ano passado, logo após os primeiros protestos que se seguiram à morte do norte-americano George Floyd, a Globonews promoveu um debate sobre racismo somente com jornalistas brancos. Foi criticada nas redes socais e, dias depois, admitiu o erro e promoveu nova discussão com repórteres, apresentadores e comentaristas negros.
Em novembro, o Grupo Globo inaugurou o Projeto Identidade, com o programa Falas Negras, em que deu voz a negras e negros cujas trajetórias pessoais e profissionais passam ao largo dos estereótipos. Em março foi ao ar o Falas Femininas e em abril, o Falas da Terra, com o protagonismo dos povos indígenas.
Nesta segunda-feira (28/6), será a vez do Falas de Orgulho, que vai jogar luz sobre a população LGBTQIA+. O programa vai ao ar por volta das 21h30. O canal GNT reprisa o programa no dia 30 de junho e o Canal Brasil, no dia 2 julho.
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