Foto: In Press Oficina
A Covid-19 obrigou as lideranças a se adaptarem e repensarem as suas práticas corporativas. Uma dessas mudanças foi a integração entre a vida familiar e a profissional, que nunca estiveram tão presentes. E essa realidade veio para ficar. Diante do cenário imposto pela pós-pandemia, as lideranças precisam se reinventar e buscar um novo modelo de gestão mais próximo e humano, baseado na agenda ESG – sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança por parte das empresas.
O tema foi discutido no webinar Arena de Ideias, transmitido hoje (24), pela In Press Oficina. O debate contou com as participações da presidente do Conselho do Capítulo Brasil para o Pacto Global da ONU, Denise Hills, responsável pela Sustentabilidade da Natura em toda a América Latina; a pesquisadora e estrategista, fundadora da Hybrid Colab, Ana Cortat; e a sócia-diretora da In Press Oficina e especialista em gestão de crise e reputação, Patrícia Marins. A diretora do núcleo de relacionamento com Poder Público da In Press Oficina, Fernanda Lambach, mediou o bate-papo.
“Temos que ter muito cuidado com um vírus que nos pediu para parar. Não iremos sobreviver nem como indivíduos, nem como empresas, caso a gente não reinvente o modelo que está estabelecido nesse momento. Corporações são pessoas. Não adianta dar emprego sem se preocupar com a pessoa que está trabalhando, se ela consegue realizar seus sonhos, consegue dormir à noite, mandar os filhos para a escola”, ponderou Ana Cortat.
Para Denise, a pandemia trouxe lições importantes e que devem ser adotadas pelas lideranças no pós-pandemia. “Todas as tecnologias que estamos usando maciçamente já estavam aí. O que faltava era o ‘click’. A mãe natureza mandou todos nós para casa para pensar no que a gente quer de diferente nesse momento. Liderança é o desafio de permanecer nas escolhas das pessoas que fazem parte da nossa vida. Esta é a hora perfeita para dar um reset”, afirmou Denise.
Na mesma linha, Patrícia ressalta que a empatia e transparência são valores fundamentais das lideranças pós-crise. “Eu entendo que esse papel da liderança transformadora dentro da agenda ESG, sob o aspecto da comunicação, começa por eu me colocar no local do meu liderado. Se eu não consigo trazer as dores dele para o meu colo, eu não consigo gerar essa conexão. E as outras transformações que eu preciso fazer, elas se perdem”, destacou.
Pandemia acelera agenda ESG
A agenda ESG já é uma realidade há alguns anos, mas será fundamental para as empresas no pós-pandemia. Não apenas para a retomada das atividades, mas para o futuro das corporações. As práticas trazem diversos impactos positivos, incluindo melhora da imagem reputacional.
“Atuar sob a agenda ESG exige um mindset específico de liderança que não é um mindset que já está colocado e está claro. Nesse momento, é acelerado pela situação que nós estamos vivendo. É importante situar que na lógica empresarial de modelo que o capitalismo adotou não existia uma preocupação real com a construção de valor”, ressaltou Ana.
Para Denise, a agenda ESG significa “olhar para além do resultado econômico” obtido pelas empresas. “O ‘G’ é o mais conhecido, porque hoje você ter bons princípios de governança é uma razão para abrir seu capital. O ‘E’ e o ‘S” menos. Um exemplo muito simples é uma empresa que usa água e não dá conta de devolver ao ambiente esse resíduo com qualidade não tem um compromisso claro das suas atividades”, explicou.
De olho no calendário eleitoral

O próximo sábado é data crucial para o calendário das eleições municipais de 2020. É o último dia para partidos e coligações solicitarem o registro de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores junto à Justiça Eleitoral.
Neste sábado, começa a funcionar o plantão de finais de semana e de feriado no Tribunal Superior Eleitoral, nos Tribunais Regionais Eleitorais e em todos os cartórios para atender a advogados e candidatos.
A data também é o prazo final para candidatos declararem como pretendem usar valores de doações arrecadadas antes da eleição.
Já a partir de domingo, o eleitor ou qualquer outra pessoa poderá ajudar a Justiça Eleitoral com denúncias de irregularidades nas campanhas por meio do aplicativo PARDAL.
No dia 27, será liberado o acesso para baixar o aplicativo, já conhecido da população desde 2014, para uso em celulares ou tablets.
A diferença desta vez é que o “fiscal” receberá um e-mail de confirmação da denúncia e deverá apresentar foto e texto sobre a referida conduta que considerou irregular. Haverá um filtro para recepcionar as denúncias relativas ao Poder de Polícia da Justiça Eleitoral.
As contribuições populares também serão benvindas para a live da série Diálogos Democráticos que, na edição de segunda-feira (28), às 11 horas, tratará do Plano de Segurança Sanitária para as Eleições 2020. Use a hashtag #DialogosDemocraticos para postar dúvidas nos perfis do TSE nas redes sociais.
Os convidados são os renomados especialistas que ajudaram na construção desse plano para que mesários, fiscais e eleitores sintam-se protegidos na eleição: a médica e pesquisadora da Fiocruz, Marília Santini, o médico infectologista do Hospital Sírio Libanês, David Uip, e o infectologista do Hospital Albert Einstein, Luz Fernando Aranha.
Obama no jogo eleitoral

Quando concorria à Casa Branca, Barack Obama fez uma campanha inovadora nas redes. Agora, com Joe Biden, o seu vice por oito anos de mandato, concorrendo contra Donald Trump, Obama usou seu perfil no Twitter para passar um número de telefone e conversar com o eleitor americano.
O convite começa simpático. Sugere “tentar alguma coisa nova” por meio dessa comunicação direta. Naquele estilo empático do ex-presidente, demonstra interesse pelo internauta e segue dizendo querer saber o que andam pensando e como estão planejando votar neste ano. Promete usar o canal para, periodicamente, compartilhar o que tem em mente.
Prolifera hoje a discussão em torno da votação pelo correio, um meio de não aumentar o número de contaminados por Covid na data da eleição, em 3 de novembro. Mas, Trump já coloca o resultado sob suspeição, declarando que essa eleição pode acabar na Suprema Corte. O que não seria uma atitude nova. Na última, antecipadamente, também lançou suspeitas sobre futuro resultado. Porém, foi o vencedor.
Drive Thru e totens garantem votação no Senado

Não tinha outro jeito. Apesar da pandemia do Covid, era exigência regimental a votação secreta para apreciar 38 indicações a representações diplomáticas no exterior, ao Superior Tribunal Militar (STM) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para prevenir eventual transmissão do coronavírus nesses dois dias de esforço concentrado, adotou-se alternativamente à ida a plenário votação a possibilidade de senadores votarem por drive thru em três totens na Chapelaria ou em outros 6 totens distribuídos na entrada do plenário, na barbearia e no tapete azul.
Segundo dados da Secretaria Legislativa do Senado Federal, 20 senadores usaram a opção do drive thru. Em postos externos, foram registrados 101 votos.
Senadores que quiseram preservar o distanciamento social conseguiram e a Casa aprovou, ao final, 32 embaixadores para assumir postos em várias partes do mundo (incluindo os Estados Unidos), outros dois para cargos em órgãos internacionais, além de três ministros para o STM e da corregedora-geral do CNJ.
A Reflexão

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