Tia Dufour/Casa Branca
A confiança foi uma das principais vítimas da eleição americana e, nesse cenário que sinaliza para a judicialização, a comunicação é chave para conquistar a opinião pública. A avaliação é do cientista político Leonardo Barreto.
Sem um árbitro político que se responsabilize pelos resultados e um sistema eficiente de auditagem de votos, o presidente Donald Trump apostou na narrativa de fraude nas eleições. Começou na campanha e acentuou os disparos com o início das apurações dos votos.
Segundo Barreto, a mobilização de Trump serve para “criar um ambiente para que a Suprema Corte não se sinta ameaçada” por eventuais pressões da opinião pública.
Assim, se perceber irregularidades ou algo nebuloso, se sentiria livre para suspender contagem, mandar repetir votação em determinado lugar sob suspeição, por exemplo em Winsconsin (onde Biden venceu), e até anular votos.
O cientista compara a movimentação do candidato à reeleição à máxima compartilhada por jogadores amadores de futebol de que “bola dividida é da defesa”. Mas, para Barreto, a tática de fomentar dúvidas sobre o processo pode “lançar o país num impasse”.
As suposições de Trump sobre fraude, veiculadas em tweets ao longo do dia, levou o Twitter colocar o aviso de que eram “contestáveis”.
Institutos de pesquisa e mídia, dois perdedores das eleições americanas

Ainda é uma incógnita o nome do futuro presidente americano, mas já se sabe quem perdeu essa eleição. A mídia e os institutos de pesquisa foram postos em xeque e amargaram queda de credibilidade.
Os dois baluartes de processo de formação de opinião pública falharam, segundo o cientista político Paulo Kramer. Observa que quem acompanhou a campanha eleitoral pelas grandes redes de TV ou por jornais, como o New York Times, Washington Post e Boston Globe, teve a impressão de que “os democratas iam dar um passeio”. Em vez disso, a disputa segue voto a voto.
Tampouco os institutos de pesquisa acertaram. Kramer identifica dois prováveis problemas na metodologia de pesquisa: o voto envergonhado (esconder a preferência para agradar ao entrevistador) e a sub-representação dos grotões do país, heterogêneo e grande, com consequente concentração nos grandes centros urbanos. (algo que se repetiria também no Brasil).
Para o cientista, há semelhanças entre o país e os EUA também quanto à polarização e à disputa de narrativas políticas, um abismo acirrado pelas redes sociais em que grupos se reúnem em bolhas; lacradores da esquerda e da direita, “uma minoria barulhenta”, sequestram o debate e inexistem lideranças.
No momento nos Estados Unidos, a opinião pública segue bifurcada entre duas visões, “o mundo de Trump e o mundo de Biden”, segundo o cientista. Independentemente do resultado da contagem dos votos, é certa a judicialização do processo por iniciativa do candidato republicano ou o adversário democrata. Isso implicará estresse no mercado, mas para Kramer terá efeito desprezível na democracia.
Startups, a cultura da ousadia no Arena de Ideias

Está no Congresso para a aprovação a proposta do marco legal das startups. O projeto visa o fomento ao ambiente de negócios e o empreendedorismo inovador no Brasil e propõe a desburocratização e facilitação de investimento e crédito no país.
Em meio às medidas para mitigar os impactos econômicos da pandemia sobre as pessoas e sobre os negócios, iniciativas ligadas à inovação, à economia digital e à indústria 4.0 ganham cada vez mais relevância.
? Para debater o tema nesta quinta (5),9h30, e as perspectivas do poder público e privado no Brasil, convidamos:
? O deputado federal Vinícius Poit (Novo/SP), relator do Marco Legal das Startups na Câmara dos Deputados;
? Pedro Carneiro, head de Operações e Inteligência da ACE Startups, uma das maiores aceleradores de startups da América Latina; e
? Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina e especialista em gestão de crise.
?️ Fernanda Lambach, diretora de Relacionamento com o Poder Público da In Press Oficina, será a moderadora do debate.
? Clique no link e inscreva-se para receber o lembrete: https://bit.ly/34U2YyF
Congresso derruba veto presidencial e desoneração da folha de pagamento permanece até 2021
O Senado Federal realizou a votação do Veto 26/2020 referente ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
O Veto presidencial foi rejeitado com 64 a 2 votos, não houve abstenção.
Mais cedo, na data de hoje (04), a Câmara dos Deputados também rejeitou o veto.
Agora o projeto apreciado retorna ao presidente Bolsonaro para que seja feita a promulgação em até 48 horas. Caso ele seja omisso a questão, os responsáveis são o presidente ou vice-presidente do Senado Federal.
O regime de tributação possibilita que empresas de 17 setores possam optar pela contribuição de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de 20% e terá validade até o final de 2021.
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