Foto: Anúncio da prorrogação do auxilio emergencial e da Reforma Administrativa | Reprodução da internet
Nos últimos dias, Jair Bolsonaro vem dando sinais da condução de um momento inédito na relação do governo federal com o Legislativo. Desde o início do mandato, as dificuldades enfrentadas pelo Planalto na articulação com o Congresso Nacional foram pauta frequente do noticiário.
Com a base aliada concentrada em um recém-crescido PSL e prometendo acabar com o presidencialismo de coalizão, faltava ao governo a corpulência para conduzir a agenda dentro do parlamento.
Ter o Centrão no governo não é novidade para Bolsonaro. O grupo manteve integrantes em todos os escalões do governo, como Mandetta, Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina, todos do DEM. Também não é novidade que o governo reorientou a relação com o Centrão para o PP de Arthur Lira (PP/AL) e Ricardo Barros (PP/RS), novo líder de governo.
Mas a presença constante de Barros, Lira e outros parlamentares em grandes momentos do governo demonstra algo até então inédito desta gestão: a divisão de palanque e louros com (os novos) aliados políticos do parlamento.
Se por um lado, a ascensão de Ricardo Barros à liderança dá ao governo a corpulência que lhe faltava, a nova postura com parlamentares indica maior abertura para articulação com o Congresso Nacional.
Assim, entre farpas e notas de repúdio, o governo pode ter maior capacidade de conduzir a agenda e fazer frente a Rodrigo Maia (DEM/RJ) nas eleições para presidência da Câmara dos Deputados.
Retorno das comissões acelera trabalhos legislativos ainda em 2020

Durante reunião de líderes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), os integrantes da Mesa assinaram um projeto de resolução para permitir o retorno, ainda pelo Sistema de Deliberação Remoto, do Conselho de Ética e outras três comissões: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Finanças e Tributação (CFT) e Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
O tema, muito cobrado por lideranças políticas em busca de maior protagonismo, retornou à pauta dos líderes por conta do recente anúncio do presidente Jair Bolsonaro sobre o envio da proposta da Reforma Administrativa, que deve ser encaminha à Casa na próxima quinta-feira (3/9). Por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC), ela precisa ser analisada primeiro pela CCJ.
A bancada evangélica também defende o retorno dos trabalhos do Conselho de Ética para analisar a representação contra a deputada Flordelis, investigada pelo assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, em 2019.
Líderes partidários ainda terão de definir os indicados para presidir as comissões nos próximos meses até fevereiro de 2021, quando ocorrem as eleições para presidências dos colegiados na Câmara e Senado.
A Reflexão

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