Arte: In Press Oficina
Uma incógnita paira sobre as eleições municipais de 2020: até que ponto televisão e o rádio poderão mudar as intenções de votos com a campanha eletrônica liberada a partir de hoje?
No passado, o debate na TV foi decisivo para a eleição do ex-presidente Fernando Collor. E, durante anos, os programas eleitorais com narrativas e imagens bastante emocionais ampliavam a visibilidade dos candidatos e fisgavam o eleitor.
Já nas últimas eleições, os tradicionais veículos de massa perderam o pódium para as redes sociais e tiveram uma performance secundária. A própria campanha do presidente Jair Bolsonaro surfou nas redes.
As apostas de uma repetição do fenômeno eram certas. Especialmente, porque os brasileiros estão ainda mais conectados ao celular e inscritos em vários grupos de WhatsApp, o que contribuiria para a perda de influência de campanhas eletrônicas.
Entretanto, há que se considerar algumas restrições e olhares atentos para as campanhas nas redes. Esta semana, por exemplo, o Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo anunciou investigação sobre disparos em massa de mensagens por WhatsApp e se empresas estariam também ofertando serviços de “extração de dados eleitorais” de usuários do Instagram e do Facebook.
Outro fator é o risco de uma fake News envolvendo candidatura viralizar às vésperas da eleição é alto e praticamente irreversível. Até mesmo julgamentos da Justiça Eleitoral, dificilmente, ocorrerão a tempo de restabelecer a verdade.
Essas circunstâncias se somam à pandemia que embaça ainda mais o cenário, pois a estratégia do corpo-a-corpo nas ruas atrás de votos depende das restrições quanto ao distanciamento social, cada município deve sua regra.
Resta esperar os resultados das urnas para conhecer o que de fato funcionou numa eleição, em período atípico.
Depois do feriadão, Ricardo Salles terá de encarar os parlamentares

Na próxima terça-feira (13/10), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, será confrontado pelos membros da comissão temporária externa criada para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal no Senado Federal.
Salles terá de dar explicações ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o atraso de mais de um ano na nomeação de membros do Comitê de Ética do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Também pesa contra o ministro-advogado as declarações feitas durante a reunião ministerial do dia 22 de abril sobre a flexibilização de normas de proteção ambiental.
De olho nas eleições

O desempenho tanto à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como na audiência da comissão temporária externa criada para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal que ocorreu hoje (09/10), colocou a deputada licenciada, Tereza Cristina, no radar dos possíveis nomes a substituir o correligionário Rodrigo Maia na disputa da presidência da Câmara dos Deputados.
Segundo o Congresso em Foco, a ministra negou a intenção de concorrer e que seu nome foi defendido por aliados da bancada ruralista, bancada feminina e deputados governistas. Além de Tereza, Marcos Pereira (Republicanos/SP), atual vice-presidente da Casa; Arthur Lira (PP/AL), líder partidário na Câmara; e Baleia Rossi (MDB/SP), deputado que encabeçou um dos textos que compõe a Reforma Tributário, poderão concorrer ao comando da Casa nos dois próximos anos.
Debate traz #pretasnopoder

Na próxima terça-feira (13/10), o Instituto Marielle Franco em parceria com o Instituto Afrolatinas e Oxfam Brasil promovem “O Debate que queremos” nas eleições 2020, com mediação de Anielle Franco.
Participarão do debate oito candidatas: Adriana Gerônimo – candidatura coletiva Nossa Cara, Fortaleza – CE; Alessandra Caripuna – candidatura coletiva Bancada Vozes Amazônidas, Santarém – PA; Benny Briolly, Niterói – RJ; Lauana Nara – candidatura coletiva Mulheres Negras Sim, Belo Horizonte – MG; Laura Sito, Porto Alegre – RS; Lucilene Mattos, Recife – PE; Ludimilla Teixeira, Salvador – BA; Maria de Nazaré Costa Cruz, Belém – PA.
O intuito é debater sobre candidaturas negras e indígenas de diversas cidades brasileiras nas eleições municipais deste ano. O evento será transmitido pelo canal do Instituto Marielle Franco no Youtube. (youtube.com/InstitutoMarielleFranco)
Dica de leitura

George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês que viveu de 1903 a 1950. Escreveu ensaios, romances e poemas que retratavam as guerras e conflitos políticos de sua época. Sua obra vai além dos fatos, trata da natureza humana e do seu comportamento em sociedade. Esse olhar profundo é o que torna Orwell extremamente relevante até hoje.
Prova disso é que 1984, seu romance distópico escrito em 1949, voltou ao topo de listas de livros mais vendidos: em 2013, após escândalos sobre monitoramentos de dados nos EUA, e, em 2017, após a expressão “fatos alternativos” ser dita pela assessoria de Donald Trump, na semana de posse do presidente.
O livro Verdade, lançado em junho de 2020 pela Companhia das Letras, é uma seleção de trechos de livros e ensaios que tem como eixo principal a ideia da verdade ou o seu apagamento. Não é um livro que apresenta respostas, nem conceito da verdade, mas que incentiva a reflexão e a construção de paralelos com a realidade atual, em que há uma míriade de narrativas. Cabe ao indivíduo compreender qual delas é verdadeira.
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