Crédito: Tokyo 2020/Divulgação
Legenda: Com coragem e altruísmo, a supercampeã Simone Biles joga luz sobre as doenças mentais
O que Simone Biles fez pelo fim do preconceito contra as doenças mentais é tão grande quanto os saltos que a fizeram estrela da ginástica olímpica. Ao dizer que desistia da competição individual geral da ginástica artística para preservar sua saúde mental – desmentindo a versão inicial de que sofrera uma lesão física -, a americana chamou a atenção do mundo para males que costumam ser associados a fraquezas e incapacidades pessoais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais atingem cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, representando 13% do total de todas as doenças. Apesar da incidência pandêmica, que exige rapidez e precisão diagnóstica e no tratamento, é a vergonha e a relutância em reconhecer a doença que pauta a discussão. E apesar de esquizofrenia e psicose serem as mais lembradas quando se fala de doença psíquica, o topo do ranking é ocupado pela depressão e a ansiedade, males que afetam ao menos 18,6 milhões de brasileiros, quase 10% da população, de acordo com a OMS.
Ao tornar público que sofre de transtornos mentais, Biles ganha importância para muito além do esporte. Merece mais uma medalha de ouro.