De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 1 em cada 10 mulheres, no mundo, que viverem até os 80 anos de idade, será diagnosticada com câncer de mama. A princípio, qualquer mulher imagina que a vizinha, a amiga, a atriz podem ter, mas eu também? Sim, eu também. Sem histórico na família, fui diagnosticada aos 38 anos com câncer de mama.
Receber a notícia do médico é algo devastador. Só quem já passou, consegue imaginar a sensação de estar passando por um tsunami. A vida de qualquer paciente diagnosticado com câncer vira de cabeça para baixo e a tanto a família quanto os amigos embarcam em uma viagem turbulenta, cheia de perigos e riscos, mas a crença na eficácia do tratamento e o foco na cura são fundamentais.
Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores as chances de cura. Na rede pública ou privada várias mulheres fazem os exames preventivos e se tratam. É o único caminho: prevenção, rápido diagnóstico e muita disciplina para encarar o tratamento.
Eu sempre acreditei na minha cura, apesar do prognóstico não muito alentador no início. A cada etapa do tratamento, meu corpo reagia positivamente e o tumor diminuía de tamanho. Fui superando o cansaço e os efeitos colaterais da quimioterapia e depois de 16 sessões passei por cirurgia e rádio terapia. Completei 5 anos do diagnóstico e sigo confiante nos exames de rotina.
Desejo que todas as mulheres do mundo tenham o direito de serem diagnosticadas com brevidade, tratadas com respeito e dignidade, além de coragem e sucesso para enfrentar essa árdua batalha.
Giovanna Jardim
Consultora de Comunicação da In Press Oficina