A imprensa é ator fundamental nas CPIs. Não seria diferente desta vez, mesmo em tempo de competição acirrada com as redes sociais. Com as investigações mirando a compra das vacinas, sites, rádios, jornais e TVs têm pautado as discussões dentro e fora do Senado.
Para entender ou rememorar esse processo de construção de narrativas, vale ler ou reler o clássico Notícias do Planalto (Companhia das Letras), em que o jornalista Mário Sérgio Conti narrou a ascensão e queda do presidente Fernando Collor da privilegiada posição de diretor de redação da revista Veja.
Outro retrato competente da CPI do PC, que levou o Brasil dos anos 1990 às ruas, está no volume 1 de Trapaça (Geração), do jornalista Luís Costa Pinto. Personagem do livro de Conti, Costa Pinto é o autor da histórica entrevista de Pedro Collor, irmão do então presidente, à Veja. Suas denúncias levaram à abertura das investigações que deram no primeiro impeachment presidencial da história do Brasil.