A semana foi recheada de notícias policiais e judiciais com reflexos na política. Na quarta-feira (31), enquanto o governo estava em polvorosa com o risco de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) não votar a MP que reorganizava o a Esplanada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli liberou para julgamento um processo de Lira, no qual o deputado contesta denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva.
A votação, na Primeira Turma do STF, pode ocorrer a partir de terça-feira (6). A decisão de Toffoli foi considerada por aliados de Lira como uma tentativa de pressioná-lo no embate com o governo. No mesmo dia, o STF condenou o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No dia seguinte (1), Lira voltou a ser envolvido no noticiário, indiretamente, por causa uma ação da Polícia Federal em Alagoas, que não tinha o deputado como alvo. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de aliados do deputado acusados de desviar recursos destinados à compra de kits de robótica para escolas de prefeituras alagoanas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Na quinta (2), a PF divulgou a apreensão de R$ 4,4 milhões no cofre de um dos investigados. Já no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro corregedor Benedito Gonçalves liberou para julgamento no Plenário a ação que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
Não foi definida a data do julgamento. Trata-se da reunião realizada por Bolsonaro no Planalto com embaixadores estrangeiros convocados para ouvi-lo falar mal das urnas eletrônicas e lançar suspeitas sobre o processo eleitoral brasileiro.
Da Justiça do Rio Grande do Norte, na quarta-feira (31), a má notícia foi para o líder da oposição no senado, Rogério Marinho (PL-RN), condenado em primeira instância a perder o mandato por supostamente ter mantido funcionários fantasmas quando era vereador de Natal, entre 2001 e 2007.