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A pandemia do coronavírus mudou a dinâmica das relações familiares e aproximou a vida pessoal da profissional. Nos últimos cinco meses foram muitas dificuldades, aprendizados e desafios. O papel dos pais nesse novo cenário e as perspectivas para o futuro pós-pandemia foram discutidos no webinar Arena de Ideias, realizado pela In Press Oficina na manhã desta quinta-feira (20).
Luciana Cattony, cofundadora da consultoria Maternidade nas Empresas, afirma que a pandemia exigiu uma nova relação interfamiliar, principalmente através da equidade de gênero. Ela acredita que essa nova forma de se relacionar das famílias pode trazer benefícios para todos os seus integrantes, seja a mãe, o pai ou os filhos. E até para as empresas.
“A partir do momento que mães e pais compartilham as tarefas domésticas e os cuidados com o filho, todos ganham. Os filhos faltam menos à escola, tem menos tendência a síndromes como TDAH. As esposas ficam mais felizes, vão mais à academia, tomam menos remédios. Os homens bebem menos, se drogam menos, vão ao médico mais para consultas preventivas”, explica. “Existem dados de que as empresas que têm uma paridade de gênero no topo das organizações são propensas a uma lucratividade até 21% a mais”, acrescenta.
Pai da pequena Tarsila, de 8 meses, Raphael Amaral acredita que compartilhar os cuidados com os filhos de uma maneira justa e igualitária é justamente uma das experiências mais enriquecedoras das famílias nesse momento de pandemia. “O maior aprendizado é que estamos pensando de outra forma, abandonando a ideia de paternidade e maternidade e trabalhando a ideia de parentalidade. Nós pais temos que abandonar a ideia de que estamos ajudando em casa. Nós estamos fazendo nosso papel”, afirma.
Felipe Zulato, pai do Diego, de um ano e nove meses, conta que foi necessário adaptar a rotina familiar para viver esse novo cotidiano, no qual o trabalho e o cuidado com o filho se misturam. “Antes da pandemia a gente tinha os papeis bem divididos. Agora esses papeis estão completamente misturados. A pandemia acelerou vários processos e a transformação digital foi um desses. A Covid-19 forçou todo mundo a se adaptar a vídeo conferência”, ressalta.
Com uma filha de 18 anos, Pablo Peixoto vive uma realidade um pouco diferente dos outros pais. Embora acostumado a fazer home office mesmo antes do coronavírus, as situações vividas por ele atualmente são novas. “Estamos todos juntos. Minha esposa trabalhando home office ao meu lado, a Isabela fazendo faculdade, inglês. Então estamos dividindo computador, horários. Os conflitos criam outra proporção, porque é uma rotina que a gente não conhecia”, explica.
Acostumado a lidar com crises no trabalho, José Ramos, pai de duas crianças, de 5 e 10 anos, afirma que ainda está procurando assimilar a nova realidade imposta pela maior crise de saúde mundial da geração atual. “As crises corporativas nós temos algum aprendizado, mas essa crise que estamos vivendo não tem uma trilha de conhecimento para te apoiar. O que tem tido é muito questionamento do papel como pai. Isso traz uma angústia e questionamento: onde estou errando? Estamos em um processo de aprendizado que ainda não está muito claro”, diz.
Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina, encerrou o bate-papo deixando uma mensagem e uma reflexão sobre os dias atuais. “Não existe dor maior na nossa história do que essa. Estamos em luto, temos um papel social de salvar vida se impedir que outras morram. Mas a gente tem muito aprendizado e que a gente possa levar esse aprendizado para sempre”.
Não deixe de conferir esse bate-papo na íntegra.
Quem é Ricardo Barros, novo líder do governo?

Ricardo Barros é engenheiro civil de formação, consolida-se como uma das novas lideranças políticas do país, embora ocupe cadeira na Câmara dos Deputados desde 1995. Primeiro pelo PFL e, a partir de 1997, pelo Partido Progressista. A experiência política o coloca no posto de consultor informal em diferentes frentes políticas.
O político de Maringá (PR) compõe a força-tarefa encarregada de destravar as pautas liberais da agenda Bolsonaro e limitar os ruídos entre os poderes. É considerado homem de falar e cumprir.
O novo líder de governo carrega o DNA dos governos de Fernando Henrique Cardoso, quando também foi líder, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer e agora pretende ser a principal ferramenta de articulação de Jair Bolsonaro na Câmara.
Barros, que já era vice-líder, assumiu a nova bancada governista oficialmente nesta semana. Já começa precisando virar o jogo e mudar a vontade de muitos parlamentares de derrubar o veto presidencial que atinge servidores da Saúde e da Segurança.
O ex-ministro da Saúde, nomeado pelo então presidente Michel Temer, também terá as próprias batalhas para superar. Trabalha para eleger o irmão, Silvio Barros, como prefeito de Maringá e a filha Maria Victória, atualmente deputada estadual, como vice-prefeita de Curitiba.
As vantagens de ser líder no Congresso Nacional

Na arena política, o papel da liderança costuma ser o mais disputado. Não é pra menos: uma liderança dá ao parlamentar, para além das prerrogativas regimentais, a possibilidade de uma assessoria especial, uma sala de trabalho, um gabinete maior e, claro, uma projeção política importante.
O cargo também traz responsabilidades, que não são poucas. No caso da liderança de governo, além de garantir a confiança do presidente, é preciso conquistar o apoio dos pares para aprovação ou não da agenda do Poder Executivo.
Na prática, o líder tem ferramentas próprias para articular os interesses junto a outros parlamentares. Tem assento reservado na mesa de decisões da Casa Legislativa, fala em nome de um colegiado e ainda pode decidir quais dos seus pares ocuparão posições estratégicas na arena política.
O líder do governo, por ser um representante dos interesses do Executivo dentro do Parlamento, dispõe de um canal direto com o Palácio do Planalto e ainda pode interferir significativamente no andamento de votações em Plenário, fase final da tramitação de proposições no Legislativo.
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