Foto:Pedro França/Agência Senado
O último final de semana de articulações políticas não foi suficiente para costurar o necessário consenso em torno reforma tributária e garantir na votação, em dois turnos, ao menos o mínimo de 308 votos na Câmara e 41 no Senado, exigidos para aprovação de uma Proposta de Ementa à Constituição (PEC).
A expectativa era bater o martelo, hoje no Planalto, em reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e lideranças da base governista no Congresso.
Mas, o texto com desoneração da folha de pagamento e criação de um novo imposto sobre transações digitais, comparada à antiga CPMF, ainda enfrenta resistências. O envio da reforma ao Congresso continua sem data.
Enquanto isso, o governo avança na substituição do Bolsa Família por um novo programa social, o Renda Cidadã. Foram definidas hoje as fontes de financiamento: recursos dos precatórios (dívidas do governo com ações judiciais) e do Fundeb (fundo aplicado na educação na primeira infância).
A solução integrará o parecer da PEC do Pacto Federativo que o senador Marcio Bittar (MDB-AC), e também relator do Orçamento de 2021, prometeu anunciar essa semana.
A proposta de financiamento do novo programa gerou críticas no mercado e o Ibovesp fechou em forte queda nesta segunda-feira que analistas consideraram uma consequência do anúncio.
Debate Drive In inédito

As restrições nas campanhas eleitorais impostas pelo Covid-19 produziram uma cena inusitada em Porto Alegre, nessa manhã: debate Drive In entre os candidatos a prefeito, promovido pela Rádio Gaúcha Zero Hora (GZH).
O palco foi o estacionamento da RBS e os 13 candidatos, cada um a bordo de um carro, mantiveram-se a distância segura e equipados com fones de ouvido e microfones cedidos pela emissora para responder a perguntas de ouvintes e dos adversários.
O candidato à reeleição, Nelson Marchezan (PSDB), e o do PV, Montserrat Martins apareceram com o mesmo modelo, marca e cor de carro, coincidência destacada em tweet por jornalista da emissora.
Sem Witzel, sim. Sem comando, nunca.

A consagrada imagem de que “não existe espaço vazio na política” se repete no Rio de Janeiro, com a confirmação de prosseguimento do processo de impeachment do governador Wilson Witzel, em votação unânime de 69 votos a favor, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Ex-aliados se juntaram a adversários do governador para criticá-lo e transformaram a tribuna do Palácio Tiradentes em uma espécie de palanque eleitoral antecipado na sessão da última quarta-feira.
Observadora do cenário carioca, Tamiris Villarinho, cientista política e especialista de relações governamentias na BFA-Brasília, comenta que enquanto o reinado de Witzel é deposto, o governador substituto, Cláudio Castro, senta no trono e dita as regras.
O governador em exercício nomeou, no último dia 21, o ex-deputado André Lazaroni como assessor especial da Casa Civil, apesar de ele ser alvo de investigação por envolvimento em esquema de corrupção.
Outras nomeações de cargos de primeiro escalão estão em andamento para recompor alianças para sustentação do governo. Segundo a cientista, são nomes das bancadas da bala e evangélica da ALERJ que somam em torno de 35 votos.
A Reflexão

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