Fonte: Reprodução/G1
Embora já se fale em relaxar o isolamento social, poucos parlamentares têm se arriscado a aparecer em Brasília. Alguns, que ficaram na cidade, preferem exercer as atividades via videoconferência. Assim, trabalham de suas residências.
Os cuidados aumentaram principalmente depois de casos como o do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), que pegou a Covid-19 e voltou à atividade conscientizando a todos sobre os riscos da doença. Muitos deputados e senadores já fizeram o teste para checar se estão ou não com o coronavírus.
Esta semana, quem tem aguardado a contraprova do teste é o deputado carioca Hugo Leal (PSB/RJ), muito ativo em debates como os da Comissão de Viação e Transportes. Apesar da suspeita, Leal está muito bem e despachando normalmente via redes sociais.
Para evitar deslocamentos à capital federal, com grande risco de não haver atendimento presencial, a dica é usar a tecnologia. Para fazer relações governamentais e institucionais com protagonistas e influenciadores do Congresso Nacional e Executivo a dica é realizar, por exemplo:
- Reuniões por videoconferência com um stakeholder e, se necessário, com a presença de assessores e consultores.
- Reuniões com bancadas de parlamentares também por videoconferência, fechadas ao público em geral, mas que permitam o debate da causa ou interesse de forma mais ampla, com a presença de vários stakeholders.
- Webinars com a presença de parlamentares, abertos aos públicos de interesse ou à sociedade.
Esteja preparado
Atenção à importância de orientação das equipes de Comunicação, Relações Institucionais e Governamentais (RIG), e de Tecnologia da Informação. Alinhar mensagens-chave, sistematizar argumentos e conhecer muito bem os perfis das pessoas com quem estará virtualmente é fundamental.
Cuidado. Há ferramentas de videoconferência mais seguras do que outras e que devem ser avaliadas e testadas pelas equipes de tecnologia da informação de cada empresa. Toda informação estratégica merece ser tratada com atenção. Reforce sua segurança cibernética.
No ar! Todo cuidado é pouco
Toda reunião de relações governamentais é uma reunião absolutamente formal. Isso vale para a videoconferência. Conheça, a seguir, alguns cuidados que devem ser tomados para que os melhores resultados sejam alcançados
- Realizar sempre em ambiente sóbrio, organizado e sem excesso de objetos que possam tirar a atenção do interlocutor.
- Avisar em casa sobre o tempo de duração da reunião e a necessidade de não ser interrompido.
- Escolher roupa adequada ao ambiente de trabalho.
- Usar maquiagem discreta e que evite brilho na testa, por exemplo.
- Ajustar a câmera até uma altura que permita ao interlocutor uma imagem olho no olho. Evitar posicionamento de câmera em que você pareça estar olhando de cima para baixo, ou de baixo para cima.
- Verificar a luz do ambiente a cada reunião.
- Entender bem o funcionamento da ferramenta de videoconferência e suas possibilidades, como a de apresentar um slide ou um filme, se necessário.
- Respeitar o horário estabelecido com o interlocutor.
- Webinars acontecem de forma mais segura quando, “nas janelas”, aparecem apenas os palestrantes e não todos os espectadores. Possíveis comentários podem ser feitos via chat ou com a autorização do moderador para abertura da câmera.
- Importante lembrar que contratempos podem fazer com que câmeras e microfones, aparentemente fechados, abram inesperadamente. Certifique-se sempre de que sua imagem esteja bem composta.
Sem recesso e com a “regra de ouro” na pauta, Parlamento não pode deixar LDO para depois

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), entrou em consenso com os líderes e definiu que não haverá recesso parlamentar em julho. A decisão pode ser bem vista aos olhos de quem acompanha a política apenas pelo noticiário, já que a continuidade dos trabalhos legislativos seria sinal de que congressistas estão preocupados com o país. Entretanto, é importante não baixar a guarda e examinar o momento com cuidado.
A covid-19 fez com que o Congresso Nacional voltasse a atenção para questões urgentes como o chamado Orçamento de Guerra. Analistas chamam a atenção para o risco de a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, uma das atividades mais importantes do Congresso Nacional, ser adiada.
O texto foi enviado pelo governo em abril e, de lá para cá, não entrou na agenda prioritária dos parlamentares. A rigor, teria de ser aprovada até1 7 de julho para que parlamentares pudessem entrar em recesso. No entanto, Alcolumbre já anunciou que o Congresso não terá recesso esse ano.
A LDO estabelecerá metas e prioridades para 2021 e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual da União (LOA), planejamento orçamentário do governo, que indica quanto e onde gastar os recursos públicos federais no período de um ano.
Regra de ouro na pauta
O atraso na tramitação pode criar muita dificuldade para a administração pública nos primeiros meses de 2021. Não definir as limitações fiscais pode ser bastante nocivo para a saúde financeira do país, especialmente com a expectativa de votar o PLN 8/20, a chamada “regra de ouro”, semana que vem. Ela permite a liberação de crédito extra para o Executivo quitar, por meio de endividamento, despesas correntes de R$ 343 bilhões, o que é proibido sem o aval do Legislativo.
A sessão do Congresso para deliberação do PLN está agendada para a próxima quinta-feira (21/5) e exigirá bastante articulação política por parte do Executivo. Alguns senadores têm demonstrado apoio à concessão de crédito extra ao governo, alguns de olho em uma relação mais amena entre o presidente da Casa e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Já a oposição reclama de “má-vontade” por parte do Executivo em atender às demandas legislativas, como os projetos de lei de socorro aos estados e municípios e o programa que concede linha de crédito para micro e pequenas empresas. As duas matérias aguardam análise presidencial.
Semana começa conturbada em Brasília

Acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho aumentaram a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro. Pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, Marinho é suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) e afirmou que o filho do presidente teria sido informado da deflagração da Operação Furna da Onça antes dela acontecer.
O suposto vazamento teria sido o motivo de Flávio demitir Fabrício Queiroz, alvo da operação. Jair Bolsonaro, à época deputado federal, também exonerou a filha de Queiroz, Nathalia.
As declarações do ex-aliado dão o tom de uma semana agitada. O presidente da República ganhou um novo problema justo quando tem de lidar com a escolha do novo ministro da Saúde. E mais: está às vésperas da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a divulgação do vídeo da reunião ministerial, durante a qual teria cobrado mudanças na Polícia Federal.
Ministro Celso de Mello decidirá se divulga vídeo

Ministro com mais tempo de casa no STF, Celso de Mello ficou incumbido de decidir sobre a divulgação da gravação da reunião ministerial onde o presidente da República, Jair Bolsonaro, teria, segundo o ex-ministro Sérgio Moro, exigido mudanças na diretoria da Polícia Federal e na superintendência da PF no Rio de Janeiro. O ministro recebeu o vídeo hoje e deverá tomar a decisão ainda esta semana.
Normalmente, o decano evita se envolver na disputa entre o governo e o STF, mas subiu o tom no último mês. Recentemente, afirmou que os depoimentos dos ministros generais poderiam ser tomados até por condução coercitiva ou “debaixo de vara”. A declaração foi encarada como uma cobrança por respeito e reafirmação de poder, mas foi mal recebida entre as Forças Armadas.
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