Foto: Adriano Machado | Reuters
Assunto da semana, o recuo de Bolsonaro com o Renda Brasil permeou o noticiário. Com a iniciativa, o presidente teria um programa para chamar de seu, além de substituir o Bolsa Família, utilizado pelo PT como “super-frunfo” há quase duas décadas.
Os dois últimos movimentos de Bolsonaro, com o Renda Brasil e o veto à anistia tributária para igrejas, deixam evidente que a prioridade do presidente será se manter no cargo. Bolsonaro não dará nenhum passo que implique no descumprimento da lei de responsabilidade fiscal e justifique um processo de impeachment.
O caso ainda mostra que Bolsonaro, Paulo Guedes e equipe econômica falam línguas distintas. O ministro da Economia deixou claro que o “cartão vermelho não foi para ele”. De fato, tudo indica que foi para o secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, que deve deixar o cargo.
Ainda que Bolsonaro tenha dado um ponto final na proposta, fontes indicam que o presidente trabalhará a proposta pelo Congresso Nacional. O senador Márcio Bittar (MDB/AC) ficará incumbido da missão.
Quem é Waldery Rodrigues?

Waldery Rodrigues é considerado o pivô da crise do Renda Brasil. O secretário desagradou Bolsonaro e Guedes ao defender publicamente o congelamento de aposentadorias e pensões para financiar o programa. Com isso, espera-se que saia do cargo nos próximos dias.
Graduado em Engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Waldery Rodrigues é mestre em Economia pela Universidade de Michigan e pela Universidade de Brasília, onde também concluiu o doutorado em Economia.
Servidor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde ficou por 18 anos, ocupava o cargo de coordenador-geral na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda antes de ser convidado pelo ministro Paulo Guedes para compor a equipe de transição e, posteriormente, ocupar o cargo de secretário especial da Fazenda.
Waldery foi ainda consultor de políticas econômicas no Senado Federal e assumiu função de consultor legislativo no gabinete do ex-senador Cristovam Buarque, à época filiado ao PDT do Distrito Federal.
Quem é Márcio Bittar?

O paulista Márcio Bittar mudou-se para o recém-criado estado do Acre ainda criança. Lá, consolidou-se como liderança política universitária, galgando espaço até se eleger deputado estadual em sua primeira tentativa, em 1994. Deputado federal em duas oportunidades distintas, chegou ao Senado Federal em 2019, após uma derrota nas eleições para governador em 2014.
Ligado ao setor agropecuário da região norte, se proclama um “liberal conservador”. Membro do Instituto Liberal do Acre, apoia a abertura comercial e privatizações e defende discursos contra o aborto no que tange a agenda de costumes.
Acolhido pelo experiente senador Eduardo Braga (MDB/AM), Bittar vem ganhando espaço mesmo no primeiro mandato na Casa. O senador tem em suas mãos o código do cofre do Tesouro, isso porque, além de relatar a proposta do novo Pacto Federativo, o senador será responsável por definir o texto-base do Orçamento de 2021.
A Reflexão

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