Apresentação
Imagina se a sua vida dependesse de um medicamento. Agora, pense que esse medicamento existe, mas não é acessível para você por conta da legislação. Imaginou?
O Movimento Medicamento Acessível surgiu com o objetivo de mudar esse quadro. Há sete anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha em pauta para apreciação uma questão específica, porém, fundamental para a população brasileira: a revisão da extensão de patentes de medicamentos.
Com atuação na imprensa, nas redes sociais, relacionamento com influenciadores e treinamento de porta-vozes, realizamos uma campanha de causa e comunicação integrada que atuou para pressionar os ministros do STF e transformar a realidade social de todos os brasileiros, tornando os medicamentos mais acessíveis e mudando a legislação.
No dia 12 de maio de 2021, depois de 3 meses de campanha, o STF decidiu derrubar as patentes farmacêuticas possibilitando, assim, o acesso da população a medicamentos mais baratos.
Contexto
A pandemia de Covid-19 trouxe à tona necessidades médicas que mostraram a importância do acesso mais barato e fácil a medicamentos para a manutenção da vida das pessoas. Portanto, era o momento de pressionar o STF que, há quase sete anos, já debatia a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.529). O parágrafo único do Artigo 40 da Lei 9.279/96, conhecida como “Lei das Patentes”, favorecia o monopólio na indústria farmacêutica, e ia contra a Constituição brasileira. Precisávamos de uma solução de comunicação que traduzisse os impactos da lei para a população; apresentasse argumentos e envolvesse diversos setores da sociedade civil; e fomentasse o debate angariando apoiadores com poder de alcance e influência na imprensa e nas redes sociais.
Estratégia
A Oficina foi procurada, à princípio, para oferecer uma ação de assessoria de imprensa (PR). Mas, vimos que a defesa jurídica e ações na imprensa, apesar de necessárias, não eram suficientes para alcançar os resultados esperados.
O debate precisava sensibilizar, além da imprensa, diversos outros públicos da sociedade. A solução? Uma campanha de causa*.
Ações desenvolvidas
- Planejamento estratégico: descrição de frentes de atuação, ações segmentadas, pllares de conteúdo, mensagens-chave, cronograma de ações, descrição de ações;
- Gestão digital: criação de perfis nas plataformas digitais, produção de briefings, roteiros, textos de apoio, relacionamento com a Criação (cards, GIFs, vídeos), relacionamento com cliente, apoiadores, influenciadores;
- Monitoramento de redes sociais: mineração de dados, produção de alertas e relatórios de monitoramento e performance;
- Criação de hotsite: hub de conteúdo da campanha (www.medicamentoacessivel.com.br);
- Criação de petição on-line: ferramenta de engajamento, o documento foi assinado por quase 32 mil pessoas ( https://www.change.org/p/supremo-tribunal-federal-medicamento-acess%C3%ADvel-defenda-a-sua-liberdade-de-escolha?utm_content=cl_sharecopy_27653546_pt-BR%3A5&recruiter=1183946972&utm_source=share_petition&utm_medium=copylink&utm_campaign=share_petition );
- Produção de vídeo-manifesto: produto para lançamento do movimento nas redes (https://www.youtube.com/watch?v=cwZjOcr6Alc );
- Relacionamento com influenciadores: produção de conteúdo, edição de vídeos;
- Gestão de tráfego de redes: impulsionamento de conteúdos em todas as plataformas;
- Produção de webinares: produtos visuais, gestão de ferramentas, contato com apoiadores;
- Relacionamento com a imprensa: relacionamento com clientes e apoiadores; produção e divulgação de pautas positivas; marcação e acompanhamento de entrevistas; encontros de relacionamento porta-vozes e jornalistas; realização de coletivas on-line; produção de artigos; relacionamento com apoiadores; produção de textos;
- Media training: treinamento de porta-vozes para entrevistas e webinares; alinhamento de mensagens-chave; alinhamento de discurso.
- Manifesto: apoio de ex-ministros da Saúde, médicos e juristas importantes que assinaram manifesto a favor do Movimento Medicamento Acessível
Resultados alcançados
Julgamento STF
No dia 12 de maio de 2021, o tema foi votado no STF e o Movimento Medicamento Acessível, que contou com o apoio de mais de 31 mil pessoas, celebrou a decisão dos ministros pela extinção do parágrafo único do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial (LPI) – que permitia a extensão inconstitucional de patentes de medicamentos. Enquanto o mundo trava uma árdua batalha contra o coronavírus, o efeito retroativo da decisão do STF tornou medicamentos utilizados no tratamento destes pacientes mais baratos e disponíveis no mercado. O posicionamento da Suprema Corte garantirá uma economia de bilhões de reais à rede pública e possibilitará que este montante seja direcionado a investimentos fundamentais para salvar cada vez mais vidas.
Redes
O Movimento Medicamento Acessível foi curto, mas alcançou marcas inspiradoras. Durante os quase quatro meses de campanha, as mensagens divulgadas tiveram alcance de 320.755.904 pessoas, somando mais de 2 mil citações.
Outra métrica que contribui para os resultados positivos foi o número de pessoas que engajaram com os conteúdos publicados nos canais oficiais do Medicamento Acessível. Ao todo, registrou-se 188.046 reações.
Influenciadores
A adesão de influenciadores foi decisiva para o sucesso do movimento. Além de representantes de associações de portadores de doenças, envolveram-se na campanha o Dr. Gonzalo Vecina, o ator Reynaldo Gianecchini, o tenista Guga e a jornalista Astrid Fontenelle. Gianecchini e Astrid Fontenelle enfrentaram doenças que exigiam medicamentos de alto custo, por isso, abraçaram a causa do medicamento acessível. Ambos estão curados e acreditam que parte desta recuperação deve-se ao acesso que tiveram à medicamentos genéricos.
Imprensa
- Desde o seu lançamento, no dia 27 de março, o Movimento Medicamento Acessível foi citado em 71 publicações.
- O Movimento foi apontado como porta-voz da luta pelo fim da extensão de patentes de medicamentos, sendo citado como o representante de pacientes, associações e especialistas no tema.
- Dentre os veículos que repercutiram as posições do Movimento estão os principais sites e TVs do país, como Reuters, CNN, IstoÉ Dinheiro, Valor Econômico, Terra, UOL, além de veículos regionais.
- Para o lançamento, a Oficina organizou uma coletiva de imprensa, que contou com treinamento de mídia, apresentação com dados inéditos e porta-vozes técnicos. Foram convidados os principais jornalistas que acompanham o tema, além de aviso de pauta disparado para milhares de veículos em todo o país.