Foto: In Press Oficina
A presença das mulheres na política ainda é muito tímida no Brasil. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, elas ocupam apenas 15% das 513 cadeiras. As estratégias para mudar esse cenário e ampliar a participação feminina na política e nos cargos públicos foram discutidas no webinar “Repensando o Poder Público”, transmitido nesta quinta-feira (12).
Webinar Arena de Ideias discute alternativas para dar voz às mulheres e aumentar a participação feminina na política
A cofundadora do movimento Elas no Poder, Letícia Medeiros, diz que o aumento das mulheres na política só será possível com uma mudança na estrutura dos partidos políticos e na mentalidade do eleitor.
“A gente precisa trabalhar essas duas frentes. Mexer nos partidos e fazer campanha para o eleitor entender que temos que mudar o padrão do voto”, afirma.
Por outro lado, a diretora de Relações Governamentais da DOW e do IRELGOV, Suelma Rosa ressalta que, se no setor público as mulheres ainda lutam por espaço, no setor privado a presença feminina em posições de liderança é mais frequente.
“Talvez o setor privado tenha avançado mais. A representatividade no Brasil de mulheres parlamentares é menor que o Líbano. Essa renovação precisa de incentivos, como o do Elas no Poder, mas também da participação e engajamento do cidadão”, sugere.
Da mesma forma, a cofundadora e diretora executiva da Vetor Brasil, Joice Toyota, diz que é necessário aderir à causa e lutar pela mudança.
“Reclamar na mesa do bar é legal, mas não vai mudar nada, não vai fazer a transformação que a gente quer no Brasil. Se você não se sente representado pelo governo vamos entrar lá, mudar e fazer essa transformação”, diz.
Comunicação é a mola propulsora da mudança
Por fim, a sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins, defende que o aumento da participação da mulher na política passa por uma comunicação assertiva e autêntica. Ela cita o exemplo da vice-presidente eleita dos Estados Unidos, Kamala Harris, como uma mulher que venceu e ocupou seu espaço.
“Acredito que a renovação se dá pela diversidade, novas cabeças, novas ideias, novas figuras no poder. E sem dúvida nenhuma diversidade de gênero. Entendo que a comunicação tem um poder imenso, não há poder sem comunicação. Quando a gente vê Kamala Harris, é possível. Uma mulher incrível, poderosa, negra, que conseguiu vencer lá atrás”, exemplifica.
#Elasnopoder

Elas no Poder é o projeto que torna as campanhas femininas mais competitivas e preparadas, quebrando barreiras que impediam elas de chegar ao poder. Em 2019, tornou-se oficialmente uma ONG e expandiu a atuação para todo o Brasil! Hoje são 61 voluntárias espalhadas pelo país e pelo mundo. Foi uma honra ter a idealizadora Letícia Medeiros conosco no Arena de Ideias de hoje.
A ideia é ajudar as mulheres a ocupar espaço no poder. Uma dessas iniciativas nasceu em 2020: a Plataforma Im.pulsa. Idealizada em parceria com o Instituto Update. Neste espaço, a próxima geração de mulheres líderes é treinada e se conecta.
Mulheres atuam com destaque no Congresso

Segundo o site Congresso em Foco, as mulheres representam menos de 15% da Câmara dos Deputados e menos de 14% do Senado. Há atualmente 76 deputadas federais, de um total de 513 membros da Casa; e 11 senadoras, de um total de 81 membros da Casa. Entretanto, fazem cada vez mais a diferença.
Dos 75 parlamentares que receberam este ano o tradicional prêmio Congresso em Foco pela atuação, 31 eram mulheres.
Elas representaram 50% dos premiados na categoria Melhores na Câmara, tanto pelo voto popular quanto na escolha do júri especializado. Ressalte-se que a edição deste ano bateu recorde de votação, com mais de 2 milhões de votos em duas semanas.
TSE e mulheres
O Tribunal Superior Eleitoral também se preocupa com a igualdade de gênero na política e a importância de ampliar o número de mulheres candidatas e eleitas.
A Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (EJE/TSE) ofereceu curso, mês passado, para jornalistas e servidores da Justiça Eleitoral que teve como destaque a disciplina: Participação da Mulher na política.Com o 15 de outubro chegando, com o primeiro turno das eleições se desenhando, vale a pena conhecer as mulheres que são candidatas, suas ideias e programas de campanha.
Das telas para o mundo real: Miss Sloane

Elizabeth Sloane é uma das lobistas mais poderosas dos Estados Unidos, conhecida por usar uma série de estratégia para atingir os seus objetivos. Um dia, é abordada para apoiar a bancada mais poderosa do Congresso norte-americano: os senadores pró-armas. Contrária à ideia, ela pede demissão e passa a trabalhar para o lado oposto, na intenção de conseguir leis mais rígidas para o porte de armas. Sloane começa a sofrer uma série de ameaças pessoais e profissionais, e começa a questionar os seus limites dentro desta profissão. “Armas na Mesa”, como foi intitulado no Brasil retrata a esfera política de Washington D.C e é feito para quem ama um filme sobre os bastidores do Poder e suas as reviravoltas. |

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