
A companhia que não decolou: entenda a crise da Itapemirim
Sem nem ter completado um ano do anúncio da sua entrada no mercado da aviação civil, a Itapemirim se encontra numa grave crise – deixando clientes desassistidos e gerando confusão nos aeroportos do Brasil neste fim de ano. Sob a alegação de “restruturação interna” e “necessidade de ajustes operacionais”, a ITA – braço de transporte aéreo da empresa – suspendeu todos os seus voos na última sexta-feira, 17. Os cancelamentos trouxeram inúmeros transtornos para mais de 45 mil passageiros – o que foi apenas mais um fator de agravamento de uma situação que há muito já não estava favorável para a empresa de transporte.
O Grupo Itapemirim, em recuperação judicial desde 2016, contabiliza uma dívida com credores de cerca de R$ 235 milhões e deve outros R$ 2,2 bilhões em tributos. A ITA ainda acumula problemas com dívidas com fornecedores e atrasos de salários e benefícios de funcionários.
Em meio ao cenário caótico, fica evidente a falta de gestão de crise. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – que vem cobrando a companhia aérea a tomar providências imediatas em relação aos passageiros que ficaram sem voar – menos de 1% dos clientes foram realocados em voos de outras empresas. A Anac ainda informou que cerca de 7 mil clientes já pediram reembolso e determinou o restabelecimento dos canais de atendimento (telefônico, eletrônico e presencial) da empresa – que simplesmente não funcionavam.
Enquanto isso, para agravar ainda mais a imagem negativa da empresa, o dono do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva, abriu uma empresa de serviços financeiros de R$ 6 bilhões na Inglaterra, em meio a pedidos de falência por parte dos credores da sua empresa brasileira.
Trata-se de um conjunto de problemas que gera um ambiente de intensa instabilidade e põe em alto risco o futuro da empresa como um todo. A falta de um planejamento eficaz até aqui desafia os gestores a lidarem com a crise imposta e a serem capazes de reverter este cenário – dando assistência a todos os clientes prejudicados, bem como seus funcionários.

Nova estratégia da Boeing visa construir avião no metaverso
Após enfrentar problemas técnicos em alguns de seus aviões, como o 737 MAX, a Boeing aposta suas fichas no metaverso para resolver seus problemas de engenharia. A empresa norte-americana pretende colocar seus mecânicos conectados por meio de headsets HoloLens da Microsoft a projetos imersivos de engenharia 3D, combinados com robôs, em todo o mundo.
Os planos da Boieng visam criar um ambiente digital que unifique as operações de design, produção e serviços aéreos. A empresa pretende construir e conectar réplicas virtuais em 3D do seu jato e criar um sistema para simulações. Para tanto, recentemente, a empresa contratou uma engenheira para supervisionar a transformação digital.
A Boeing é mais uma grande empresa a entender que o metaverso é a internet do futuro que já se faz presente. Assim como ela, a Ford, Samsung, Microsoft, Facebook, e as brasileiras Renner e Banco do Brasil já estão aderindo a esse universo virtual imersivo – espaço que une realidade virtual e aumentada para criar possibilidades de interação, relacionamento e negócios.
A Oficina Consultoria, sempre atenta às inovações do mercado e da transformação digital, enxerga que o metaverso já é uma realidade. Nesse contexto, a empresa é a representante exclusiva no Brasil da Virbela, plataforma que promove soluções para organizações e indivíduos que buscam espaços virtuais que promovem conexões sociais e emocionais no metaverso.

Em ação ousada para mudar imagem perante o mundo, China usa influencers como garotos-propaganda
Apesar de o governo chinês bloquear o uso de redes sociais como Twitter e Youtube no país – alegando ser uma medida de combate à disseminação desenfreada de informações – ele vem utilizando há algum tempo as plataformas digitais como meios de propaganda para contradizer as percepções negativas do Ocidente sobre o país. Agora, a nação que mais investe em marketing de influência no mundo decidiu utilizar influencers estrangeiros para fazer propaganda positiva da vida em território chinês – em uma estratégia cuidadosamente pensada para moldar o debate mundial sobre a China.
Os influencers dizem que não são porta-vozes do governo e que têm autonomia para escolher o que divulgam, mas muitos reconhecem que recebem suporte financeiro de empresas, hotéis e entidades estatais para serem garotos-propaganda de uma China onde não há opressão e trabalho escravo – mas, sim, felicidade. Contudo, são muitos os diplomatas e representantes do governo que estão utilizando o conteúdo criado pelos influencers para divulgar uma boa imagem da China e, com isso, os seis influenciadores mais populares alcançaram mais de 130 milhões de visualizações no YouTube.
Com esse apoio do governo, os influencers conseguem também tráfego digital – outro fator de grande valor para as essas personalidades das redes. A quantidade de visualizações de um vídeo contribui para que os influenciadores consigam acordos de patrocínio com grandes marcas. Além disso, o número de views influencia na utilização, pelo Youtube, da receita de publicidade para pagar os influenciadores.
As transformações no mundo virtual vêm acontecendo numa velocidade cada vez mais frenética. Pode-se dizer que nenhum outro país sabe acompanhar esse ritmo como a China. Nesse cenário, o marketing de influência continua com ótimas perspectivas para 2022, com suas personalidades ficando cada vez mais famosas e impactando cada vez mais pessoas.