Influenciada pelo feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira (8), Brasília passou a semana em compasso de espera na queda-de-braço entre o Executivo Federal e a Câmara dos Deputados, após o encontro de segunda-feira (5) entre os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
As iniciativas decorrentes do encontro só deverão se materializar a partir da próxima semana. Mas as atividades foram intensas nas áreas que não dependem de votações imediatas no Parlamento. No Congresso, avançaram a Reforma Tributária, com apresentação do relatório na Câmara; e a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8/1, que teve aprovado um plano de trabalho ampliado, apesar da resistência bolsonarista.
No Executivo, Lula aproveitou a semana para atos em Estados e para o lançamento de projetos. Um dos principais destaques foi a reafirmação do Executivo do seu compromisso com o meio ambiente, com o anúncio de diversas medidas de proteção, na contramão da Câmara. Também merece destaque a edição da Medida Provisória para implementar o programa de apoio à indústria automobilística, tanto pelo conteúdo dos incentivos, ampliado para ônibus e caminhões, quanto pela forma, pois a Câmara não tem compromisso de aprovar novas MPs.
O Judiciário também teve papel ativo nesses dias, com a rejeição de denúncia de corrupção contra o presidente da Câmara, resfriando o clima político, mas com a retomada da votação do Marco Temporal.
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