Gráfico: Financial Times
O jornal Financial Times mantém uma calculadora à disposição dos leitores que querem entender como vão as eleições norte-americanas e para isso acompanham os dados estado a estado. Não é preciso entender muito bem das regras eleitorais norte-americanas para perceber a predominância do azul, a vantagem de Joe Biden, ameaçando ao sonho de reeleição do republicano Donald Trump.
No Brasil, analistas começam a desenhar como a vitória de um democrata pode afetar o governo de Jair Bolsonaro, que passou meses tentando se alinhar ao de Trump. O presidente brasileiro chegou a dizer “I love you” a Trump em encontro durante a Assembleia Geral das Nações Unidas no ano passado. Obteve como resposta um mero “nice to see you again”. Ou seja: “Bom te ver de novo”.
Josias de Souza, no canal do UOL no Youtube. lembra que a aproximação dos Estados Unidos é útil e necessária. “Mas Bolsonaro se aproximou de Trump e não do país, o que inclui a sociedade, os rivais democratas e o Congresso.” Tanto o chefe de estado brasileiro quis ficar perto da Casa Branca comandada por Trump, que chegou a sugerir que seu filho deputado, Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), fosse alçado a embaixador em Washington.
Vale lembrar que Eduardo viajou à capital norte-americana, no início do mandato do pai, no intuito de conhecer grandes nomes da ala mais à direita do Partido Republicano. Buscou articular contatos com senadores como Ted Cruz, Rick Scott, Mitt Romney, Marco Rubio, governadores republicanos e esteve com o genro de Trump na Casa Branca, Jared Kushner. Eduardo é muito próximo ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Agora, uma possível virada nas eleições norte-americanas deste ano começa a pressionar a diplomacia brasileira a estudar com cautela as próximas ações. A mudança no jogo de forças norte-americano implicará que autoridades brasileiras articulem relacionamentos com novos stakeholders dos EUA e construam narrativas para a virada de jogo. Uma vitória de Biden significará, por exemplo.
Segundo reportagem da BBC Brasil, a eventual retomada da Casa Branca pelos democratas mudaria sensivelmente ao menos parte do cenário. “É certo que a agenda do meio ambiente, direitos humanos e direitos trabalhistas que não está na mesa hoje na relação dos dois presidentes deve ser incorporada às discussões bilaterais caso Biden vença”, afirmou Abrão Árabe Neto, vice-presidente executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham) no Brasil à jornalista Mariana Sanches.
Senado articula retorno de deliberações presenciais

Com a iminência das eleições municipais, parlamentares brasileiros já reorganizam agendas e compromissos de Brasília para focar nos pleitos regionais. Em reunião de líderes, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), decidiu que não haverá recesso parlamentar este ano, entre 18 e 31 de julho. Definiu, entretanto, que a Casa terá um dia a menos de votação entre julho e agosto.
Alcolumbre procurou atender, assim, solicitações de senadores que queriam se dedicar às demandas das bases eleitorais. Atravessando o tapete azul e passando para o verde, ainda não há protocolos estabelecidos na Câmara dos Deputados. A tendência, acreditam consultores legislativos, é a de que o presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ) siga a mesma regra de seu correligionário.
Retorno às atividades presenciais
Já no próximo mês, o Senado deve quebrar o isolamento para deliberar presencialmente cerca de 20 indicações de autoridades travadas na Casa por conta da pandemia de Covid-19. A lista inclui a indicação de Nestor Foster para a Embaixada dos Estados Unidos, aguardando análise do Plenário desde novembro do ano passado.
Há diversas indicações de embaixadores que ainda dependem da análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), atualmente presidida pelo médico Nelsinho Trad (PSD/MS), um dos primeiros parlamentares a testar positivo para o novo coronavírus
O retorno às atividades presenciais busca ultrapassar a barreira imposta pelo regimento interno do Senado, obrigando que as votações de indicações de autoridades sejam secretas, requisito ainda não superado pelo sistema de deliberação remota de ambas as Casas legislativas.
Apesar da sessão presencial ter finalidade exclusiva para limpar a pauta de indicações, a possibilidade de retorno às atividades presenciais abre um precedente para que parlamentares tentem incluir itens “extra pauta”, como a Reforma Tributária, amplamente defendida por Rodrigo Maia, e que vem sendo considerada agenda prioritária para retomada pós-pandemia.
Atualmente, segundo as regras da deliberação remota vigentes desde o decreto de calamidade pública, há quase quatro meses, só podem ser apreciados projetos urgentes ou que tenham ligação com o combate à pandemia.
Secretária do PPI lista as metas do governo federal para concessões em 2020

A secretária do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, Martha Seiller, reforçou a meta de concessões do governo para 2020, mesmo com a pandemia. A declaração foi dada, hoje (7/7), em webinar organizado pela Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB) com o apoio da In Press Oficina.
Também participaram do debate o senador Antonio Anastasia (PSD/MG); a economista Sandra Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes); e o embaixador José Alfredo Graça Lima. O evento contou com a mediação de Giovanna Jardim, gerente do núcleo de Relacionamento com a Mídia da In Press Oficina.
A secretária listou as concessões que o governo federal pretende realizar ainda este ano:Aeroportos
- Bloco Sul: Curitiba, Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS)
- Bloco Central:Goiânia, São Luís, Teresina, Palmas, Petrolina (PE) e Imperatriz (MA)
- Bloco Norte: Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR)
Ferrovias
- Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol) – BA
- Ferrobran – RJ
Rodovias
- Nova Dutra
- RJ-145
- Trechos da BR 080
- Trechos da BR 163
Mineração
- Fosfato de Miriri – Pernambuco e Paraíba
- Cobre em Bom Jardim de Goiás – GO
Terminais portuários
- Paranaguá – PR
- Aratu – BA
- Santos – SP
- Maceió – AL
- Santana – AP
Terminais pesqueiros
- Cabedelo – PB
Parques
- Aparados da Serra – Rio Grande do Sul e Santa Catarina
- Humaitá – AM
Concessão de coleta e resíduos e óleos urbanos
- Piauí
- Minas Gerais
Concessões de iluminações públicas
- Aracaju – SE
- Feira de Santana – BA
- Franco da Rocha – SP
Transmissão de energia
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