
Encerrou-se nesta sexta-feira o ciclo de convenções partidárias para definir as chapas eleitorais para as eleições de 2022, sem grandes reviravoltas. Com as pesquisas demonstrando gradual queda na diferença de intenção de votos entre o líder das pesquisas, Luís Inácio Lula da Silva, e o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista buscou ampliar ao máximo o arco de alianças, e conseguiu montar uma coligação com 8 partidos (PT, PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, PCdoB e PV), e pode ainda receber o apoio do PROS. Já os governistas formaram aliança de três legendas (PL, PP e Republicanos). Os dois blocos terão os maiores tempos de propaganda na televisão e no rádio.
PDT – Ciro Gomes escolheu uma mulher nordestina para a posição de vide-presidente em sua chapa, a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos. A expectativa dos analistas, e de alguns filiados, era de que a escolha recaísse em um nome do Sudeste, para ampliar a representatividade regional, já que o Nordeste estava representado pelo próprio, mas Ciro optou por uma chapa 100% nordestina.
MDB/PSDB – Já a candidata do MDB à presidência, senadora Simone Tebet (MS) escolheu a deputada tucana Mara Gabrill (SP) para ser sua vice, numa chapa 100% feminina.
PT/Avante – O deputado federal André Janones (Avante-MG) formalizou na quinta-feira sua desistência da disputa à presidência e declarou seu apoio ao candidato a presidente do PT. O anúncio foi feito pelos dois em uma live, confirmando que algumas das políticas sociais defendidas por Janones seriam discutidas entre os partidos que compõem a coligação de apoio a Lula. Uma das principais vantagens agregadas por Janones à campanha é sua presença forte nas mídias sociais.
União Brasil – a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS) à presidência da República foi formalizada nesta sexta-feira, em substituição ao nome do deputado Luciano Bivar, que já havia desistido da disputa. O candidato a vice na chapa será o economista Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal no atual governo.
PT/PSB- Rio – A fervura entre PT e PSB no Rio de Janeiro se reduziu hoje, com a decisão da Executiva Nacional do PT em assegurar o apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) a governador, mesmo com a insistência do deputado federal Alessandro Molon (PSB) em manter-se candidato ao Senado. O acordo entre os dois partidos previa que esta vaga seria do petista André Ceciliano. Com a decisão, se não houver desistência futura de Molon, a coligação terá os dois candatos ao Senado. Foi vencida, portanto, a posição da ala do PT que pretendia retaliar Molon com a retirada do apoio a Freixo. Em compensação, o PSB anunciou que não repasará recursos do fundo eleitoral para a campanha de Molon. Artistas cariocas que apoiam sua candidatura estão iniciando um movimento de arrecadação de doações para substituir a verba partidária.
PROS – Uma liminar do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandowski autorizou a volta de Eurípedes Júnior à presidência do Pros, em mais um movimento de uma disputa que vem desde o início do ano. Eurípedes, que é considerado a favor de Lula, tinha sido afastado por uma liminar Tribunal de Justiça do Distrito Federal Territórios (TJ-DFT), em favor de Marcus Holanda, contrário a Lula. O ministro do TSE considerou a decisão da Justiça do DF uma usurpação da competência do TSE e anulou a decisão
STF-Bolsonaro
Foi rejeitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro divulgou dados sigilosos em uma de suas lives. O pedido havia sido apresentado na segunda-feira pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo
Esforço Concentrado
A Câmara dos Deputados encerrou nesta sexta-feira sua primeira semana de esforço concentrado antes das eleições. O próximo esforço para deliberação de matérias em Plenário está mantido para a semana de 29/08 a 2/09. Uma das principais matérias aprovadas, na Câmara, na terça-feira, e no Senado, na quinta, foi a Medida Provisória que alterou as regras de auxílio-alimentação e as normas de teletrabalho. A MP vai à sanção presidencial. A parte mais polêmica do texto foi a alteração da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para equiparar o trabalho remoto a teletrabalho, mesmo que não seja realizado com equipamentos telemáticos.
A Câmara também aprovou a ampliação da cobertura dos planos de saúde. A decisão foi tomada em reação à decisão do STJ, que autorizou as empresas a restringirem as coberturas (rol taxativo da ANS).