Fonte: Época
Educação sempre foi um dos grandes problemas do Brasil. Professores pouco valorizados; desvio de verbas públicas; grupos criminosos de olho no dinheiro do livro didático, do livro de literatura, da merenda-escolar; crianças assistindo à aula com o guarda-chuva aberto por causa das goteiras; salas de aula improvisados à sombra de árvores; quadros improvisados e sem giz; escolas ocupadas por jovens que pedem aula; notas baixas; evasão.
O novo ministro da Educação terá de estar preparado para reverter este quadro histórico, mas também para enfrentar os desafios recentes impostos pela Covid-19. Embora grande parte das mazelas brasileiras reflitam a falta de educação de qualidade, não se sabe quem ocupará o cargo ainda. Partidos do Centrão acompanham atentos os desdobramentos de uma situação que só piora a crise de credibilidade do MEC. Querem indicar nomes de aliados seus.
A posse de Carlos Alberto Decotelli no Ministério da Educação, foi adiada depois de enorme vexame internacional. O currículo vitae do candidato a ministro apresentava inconsistências, identificadas pelas universidades de Rosário, na Argentina; e Wüppertal, na Alemanha. As duas negaram que Decotelli tenha concluído doutorado e realizado pós-doutorado, conforme estava elencado em seu currículo.
Agora, o órgão que está checando as informações prestadas por Decotelli é a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O fato é que os militares que sustentavam seu nome, entre eles o ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto, já avisaram que tirarão o apoio caso não haja justificativas plausíveis para os erros no currículo.
Mesmo com posse adiada e a imprensa atirando pedras, Decotelli aceitou participar de uma videoconferência com parlamentares da bancada da Educação da Câmara dos Deputados. “Quinta, 10h, vai ter que esclarecer a turbinada dada ao currículo”, declarou um deputado.
Sete ministros em ação
Hoje, às 18h, foi realizado o 6º webinar da Coalizão Parlamentar pela Educação (Comex-MEC), em transmissão ao vivo pelo Facebook. Foram convidados sete ex-titulares da Pasta de Educação de diferentes períodos e correntes políticas para pensar juntos como será o pós-pandemia.
Hugo Napoleão, Cristovam Buarque, Henrique Paim, Cid Gomes, Renato Janine, Mendonça Filho e Ricardo Vélez foram as presenças confirmadas para o encontro. A mediação foi do deputado federal Professor Israel (PV/DF).
A educação no mundo todo teve de transpor as barreiras, driblar o coronavírus e consolidar técnicas de Educação a Distância. Alunos tiveram apoio de programas de rádios, televisão e muitas aulas pela internet. O debate de hoje tratou dos “Desafios da Educação no Pós-Pandemia”. Como combater as desigualdades e construir uma educação mais igualitária e inclusiva?
Parlamentares membros da Comex-MEC que confirmaram presença no webinar: João Campos (PSB/PE), coordenador; Felipe Rigoni (PSB/ES), o vice-coordenador; Tabata Amaral (PDT/SP), relatora; e os subcoordenadores Professor Israel (PV/DF), Aliel Machado (PSB/PR), Eduardo Bismarck (PDT/CE), Luísa Canziani (PTB/PR) e Tiago Mitraud (Novo/MG).
Crise e gestão: o país acompanha os desdobramentos do Caso Queiroz

A prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro e amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro, trouxe novo momento de turbulência ao governo federal. As confusas declarações de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro e proprietário do imóvel em que Queiroz foi preso, indicavam que a história ainda teria um longo desenrolar. Mesmo assim, a prisão parece ter gerado menos efeitos sobre o presidente que o esperado.
Nova pesquisa do Datafolha indica que a aprovação de Bolsonaro seguiu estável após prisão de Fabrício Queiroz. Se, por um lado, a rejeição ao presidente cresceu durante a crise do coronavírus, atingindo 44%, a base de apoio tem se mantido ao longo da pandemia.
Ainda hoje (29/6), Queiroz deve prestar o seu primeiro depoimento à Polícia Federal desde que foi preso. No Congresso, o combate às fake news e a continuidade do auxílio emergencial também pressionam o governo. No entanto, a sensação de normalidade confirma a tônica de equilíbrio na instabilidade que permeia o mandato do presidente da República.
O que disseram os analistas nesta segunda

- Bolsonaro: só quem não te conhece é que te compra
Paulo José Cunha, jornalista, para o Congresso em Foco
“Bolsonaro começou afagando os outros poderes num evento na presença do presidente do STF, Dias Toffoli, no qual falou em entendimento com STF, Câmara e Senado. Falou de “dias melhores para o Brasil”. Depois, nomeou o novo ministro da educação, um conservador até bem avaliado pelos que o conhecem de perto. Independente das denúncias de adulterar o próprio currículo, o gesto de nomear um negro não olavista foi um sinal positivo para reduzir a tensão com as universidades.
Além disso, o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, foi para a reserva, reduzindo uma zona de atrito com a área militar, porque bolsonaristas fomentavam a intriga de que o presidente pretendia nomeá-lo Comandante do Exército no lugar de Edson Pujol, de quem Ramos era subordinado.
Reparando assim à primeira mirada, dá até a impressão de que Bolsonaro hasteou com sinceridade a bandeira branca. O diabo é que o pau que nasce torno morre torto. Pelo conjunto da obra não se pode dar um vintém de crédito à tentativa de firmar o ´Jarzinho Paz e Amor´.
- O guia dos perplexos
Paulo Delgado, professor, sociólogo e consultor de empresas, para Capital Político
“Por que a democracia é a vítima preferida?
É a mais barata para quem usa método conhecido para o desconhecido. Desprezo e desespero. Pois como funciona por acordo de cavalheiros é sempre frágil. No tribunal, igreja, sinagoga ou templo é inútil para os sem fé. Basta um tipo determinado que não aceita advertência para ela ser ameaçada.
Que fragmentos de fatos torna isto verossímil?
Incitar a hierarquia, difusão de informação falsa, família enrolada, invejar intelectual, não achar a vida inestimável, usar codinome, advogado com esconderijo. O estímulo ao fanatismo, mortos sem sepultura, tragédia humanitária. Enfim, o caos cria a si mesmo.”
- Democracia em pauta
André César para Hold Assessoria
“A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”. A frase do primeiro-ministro inglês Winston Churchill, proferida em 1947, continua atual. A partir de meados da segunda década do século XXI, uma onda populista ganhou força em todo o planeta. Esse movimento inevitavelmente chegou ao Brasil, com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.
Hoje sob pressão, a democracia voltou ao centro do debate. Vasta literatura em ciência política tem sido produzida a respeito do tema, e também institutos de pesquisa de opinião pública têm se debruçado sobre ele. No caso brasileiro, em plena vaga bolsonarista e com o presidente e seus apoiadores ameaçando instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, a questão ganha ainda mais relevância.
Pesquisa do DataFolha, realizada nos dias 23 e 24 últimos, mostra que o apoio à democracia cresceu no país. De acordo com o levantamento, 75% dos brasileiros consideram o regime democrático o melhor, contra 10% que defendem uma ditadura. Em dezembro, na última pesquisa, os índices eram de 62% e 12%, respectivamente. Ao que tudo indica, o apoio do titular do Planalto aos ataques às instituições, que ganharam corpo em 2020, reforçaram o apreço popular à democracia.”
EUA: a semana na Casa Branca e Congresso

A semana nos Estados Unidos está agitada com eleições na pauta dos veículos de imprensa. Câmara e Senado americanos continuam com a agenda girando em torno da Covid-19 e da retomada. Grupo que tratava de economia na Casa Branca tem nova baixa. Veja os destaque da semana:
- Tomas Philipson, presidente em exercício do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, deixará o governo Trump nesta semana. A partida de Philipson deixa o conselho, formado por três pessoas, com apenas um membro depois que Kevin Hassett também anunciou a saída.
- Amanhã haverá primárias das eleições norte-americanas no Colorado, em Oklahoma e em Utah.
- A União Europeia deve repreender o tratamento de Trump contra a pandemia de coronavírus com planos de impedir a maioria dos viajantes norte-americanos de visitar seus países. As nações do bloco planejam começar a reabrir para estrangeiros na quarta-feira, 1º de julho, mas devem bloquear viajantes dos Estados Unidos, Rússia, Brasil, entre outros países em que a gestão da Covid-19 não deu resultados.
- O governo Trump planeja divulgar publicamente os detalhes do Programa de Proteção de Pagamento até o final da semana.
- Amanhã a Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos realizará audiência sobre coronavírus e preparação para pandemia global. Também haverá reunião da Subcomissão de Saúde, Energia e Comércio da Câmara, intitulada Alta ansiedade e estresse: legislação para melhorar a saúde mental durante crises.
- Também no Senado, parlamentares que defendem causas sobre Saúde, Educação, Trabalho e Pensões tratarão de Covid-19: Atualização sobre o progresso em direção ao retorno seguro ao trabalho e à escola.
- Na quinta-feira, a Subcomissão de Dotações do Senado realizará audiência sobre vacina contra o coronavírus. Laboratórios instalados no Brasil e cientistas que participam de pesquisas deverão acompanhar os resultados do debate.
Fonte: Eye 45, pela FleishmanHillard.
Vacinas sem barreiras

Governos, empresas e universidades estão acelerando os esforços para a produção da vacina contra a Covid-19 em meio a correntes geopolíticas, questões sobre segurança e os desafios de produzir doses suficientes para bilhões de pessoas.
Os Estados Unidos, porém, estão seguindo por caminho solo, rejeitando a orientação da Organização Mundial da Saúde que sugere a possibilidade de quebra de patentes para tratar a Covid-19. A decisão do presidente americano fortalece a competição interna das indústrias do ramo da saúde nos EUA, mas pode atrasar a contenção da doença no país.
Além disso, as divergências ideológicas entre as duas principais potências do mundo, China e Estados Unidos, dificultam ainda mais os esforços de cooperação entre os países. A era Covid, embalada por um intenso nacionalismo, torna os arranjos geopolíticos ainda mais complexos e mais dependentes de personalidades diplomáticas.
Dicas do ministro Barroso via Twitter

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, deixou em seu Twiiter dicas para o fim de semana. Mas vale aproveitá-las em mais esta semana de distanciamento social e responsabilidade pela saúde dos outros.
Um livro: A ditadura envergonhada, Elio Gaspari.
Uma poesia: Soneto da fidelidade, Vinícius de Moraes
https://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86563/…
Uma música: Mulher de 40, Roberto Carlos
https://youtu.be/-LRplFgwQ1M
A reflexão

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