“O esporte ensina que a gente joga junto. Na pandemia, as pessoas se deram conta de que o mundo parou quando o esporte parou. Quando a gente parou de ter o futebol ao vivo, a liga de basquete, o vôlei ao vivo, as pessoas se deram conta de que estávamos de quarentena”, afirmou Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing do Comitê Olímpico do Brasil.
Manu, como gosta de ser chamada, foi uma das convidadas do Arena de Ideias desta quinta-feira (6/8). Com ela, estiveram o vice-presidente de Relações Externas do Flamengo, Luiz Eduardo Rocha, o Bap; Duda Magalhães, vice-presidente executivo do Grupo Dreamers; e Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina..
Para Manoela, as pessoas sairão do confinamento com uma vontade muito maior de consumir esporte. “Quando os Jogos Olímpicos forem realizados no ano que vem, serão muito mais significativos do que foram esse ano. Vai ser uma vitória sobre a pandemia. Vai ser uma celebração da humanidade.” Segundo ela, vai ficar clara a necessidade que as marcas têm de se comunicar. “O esporte vai estar aí mostrando todo o seu papel. Toda a sua força de conexão, de emoção, de engajamento.”
Outro ponto importante enfatizado por Manu foi que a Covid-19 fez com que as pessoas não apenas vissem o atleta em ação, mas passassem a se interessar pelo dia a dia do esportista. Como é o treino? Como é a rotina? Complementando, Bap relatou que o torcedor, já com uma cabeça de experiência e não apenas de comprar um ingresso, tem vontade de vivenciar momentos que podem parecer corriqueiros e sem charme, mas que são emocionantes para eles. Por exemplo: entrar no ônibus com os jogadores do Flamengo. Inesquecível.
Para Bap, a pandemia botou cada um no seu devido lugar. Mostrou que ninguém é mais importante que ninguém. “Fez com que a gente volte aos valores básicos. Eu não acho que o futebol seja diferente de nenhum outro esporte olímpico ou espetáculo. O futebol é um espetáculo, que envolve muita paixão, que foi afetado pela presença e pela frequência com que a gente assistia: a cada 48, 72 horas. Então a crise de abstinência é enorme.”
Avatar no Tomorrowland
O que fazer para suprir a falta de esporte e entretenimento? Migrar para o virtual? Para responder a questão, Duda Magalhães lembrou frase de Roberto Medina, que diz que a vida acontece no real e não no mundo digital. “Digital, na minha visão, tem que ser meio e não fim. Enquanto fim, ele traz danos muito severos para o ser humano. Olha o que a gente está vivendo neste período em que o digital virou fim. Olha o efeito colateral que isso traz. A gente precisa estar ao vivo”, insistiu
Depois, citou como exemplo de inovação o festival Tomorrow Land, que aconteceu, na Bélgica, há 10 dias. Para isso, foi criado um videogame em que as pessoas curtiam as atrações por meio de seus avatares. Foi cobrado acesso para o festival entre 12,50 e 20 euros. Resultado: um milhão de ingressos vendidos. “Você era um avatar no meio de um videogame. Ia andando até um palco, via um DJ fazendo uma live, mas tinha uma experiência imersiva através da tecnologia. Ou seja, a tecnologia como meio.”
Comunicação e tecnologia
Patrícia Marins comparou o confinamento atual com outros confinamentos como o de missionários, dos astronautas, dos pesquisadores na Antártida. “O que mais faz falta para eles e para a saúde mental é justamente o entretenimento, a troca, a socialização.”
Segundo a sócia-diretora da In Press Oficina, a Comunicação tem o papel de gerar expectativa por meio da tecnologia. “Para isso, já estavam dadas as experiências imersivas, a realidade aumentada, a holografia, vários tipos de tecnologias que agora são agregadas às ferramentas de comunicação de uma forma real. Não se tem mais a possibilidade de ter ou não ter tecnologia. É obrigatório gerar essa experiência imersiva, por meio da tecnologia para que as pessoas consigam ter a celebração. Isso veio para ficar. Não há mais a possibilidade de falar: Covid saiu e eu volto a ser o que eu era.”
Para ver o debate e saber mais: https://www.youtube.com/watch?v=ZlmcRtET4S8
Volta do Campeonato Brasileiro aquece discussão em torno da MP dos Mandantes

Com o início do Campeonato Brasileiro no próximo sábado (8/8), a Globo retomou a carga contra a MP 984/20, que transfere os direitos de transmissão no futebol para o clube mandante. A “MP dos Mandantes”, chamada também de “MP do Flamengo” devido à articulação do clube para viabilizar a proposta, vigora desde junho e está longe de uma solução definitiva.
Hoje (6/8), a emissora carioca já entrou na justiça para evitar que a Turner, emissora detentora dos direitos de transmissão de clubes como Palmeiras e Fortaleza, transmita partidas de outros clubes com quem não tenha contrato.
A medida ainda não está entre as prioridades do Congresso Nacional e nem teve relator designado. Como o governo ainda pode estender o prazo da MP até outubro, não há pressa para a deliberação.
Até lá, há dúvidas a serem sanadas. Pelo desentendimento sobre os efeitos da medida e se eles já gerariam efeitos sobre competições em andamento, a Globo chegou a romper contrato com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro para o Campeonato Carioca.
Assim, a insegurança jurídica seguirá afetando transmissões esportivas futuras.
Senado Federal vota pauta-bomba para o sistema de crédito

O Senado Federal aprovou na noite de hoje (6/8) o Projeto de Lei 1166/2020, de autoria do senador Álvaro Dias (Podemos/PR), que visa limitar os juros do cartão de crédito e do cheque especial em até 30% ao ano. O texto ainda impede a redução do crédito disponíveis em março, antes do decreto de calamidade pública.
A pauta dita populista, termo amplo, mas que de maneira geral corresponde às práticas que apelam para a “soberania do povo”, assombra as entidades ligadas ao setor financeiro, acusadas de aplicar cobranças abusivas, conforme argumentaram senadores favoráveis ao projeto.
Segundo o relator, senador Lasier Martins (Podemos/RS), o objetivo do projeto é aliviar as contas de correntistas diante da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, vigorando enquanto perdurar o decreto de calamidade pública, instituída em março.
O texto segue para análise da Câmara dos Deputados. Há a possibilidade de que esbarre no PL 3515/15 sobre superendividamento, pauta que aguarda inclusão na pauta deliberativa. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), defende mudanças no sistema financeiro, mas se diz totalmente contra congelamento ou tabelamento de juros.
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